Restaurante popular vai oferecer 200 refeições por dia na Região das Ilhas, em Porto Alegre

Restaurante popular vai oferecer 200 refeições por dia na Região das Ilhas, em Porto Alegre

Inauguração da unidade localizada na Ilha da Pintada ocorre nesta sexta-feira

Felipe Samuel

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Os moradores em situação de vulnerabilidade social do bairro Arquipélago, na Região das Ilhas, em Porto Alegre, poderão receber almoço gratuito a partir de sexta-feira no Restaurante Popular da Ilha da Pintada, localizado na rua Oscar Schmitt. O sexto restaurante popular da Capital – os outros cinco operam nos bairros Centro, Cruzeiro, Lomba do Pinheiro, Restinga e Rubem Berta – vai oferecer 200 refeições por dia à população das Ilhas da Pintada, Ilha do Pavão, Ilha das Flores e Ilha Grande dos Marinheiros.

As refeições ao público começam a ser servidas nesta sexta-feira. Os interessados devem estar inscritos no Cadastro Único. Além de servir almoços na Ilha da Pintada, o restaurante realizará entregas a moradores das outras três ilhas. Na véspera da inauguração da unidade, o prefeito Sebastião Melo e o secretário de Desenvolvimento Social, Léo Voigt, visitaram as instalações e almoçaram no local. 

“Se a quantidade de quentinhas for insuficiente, eu adito o contrato”, afirmou Melo, em referência à licitação que prevê o pagamento de R$ 826 mil por ano à empresa responsável pela gestão do espaço. “A cidade não pode ter um governo olhando as pessoas passando fome”, completou. Voigt explicou que a estratégia é descentralizar os serviços. Sempre que serviços são criados de forma centralizada de alguma forma obriga a população a sair de de seus territórios para poder acessar serviços públicos”, avaliou.

Conforme ele, isso acaba gerando custo de deslocamento, além de tirar a pessoa da sua região. “E às vezes concentra em lugares que não estão adequadamente preparados para receber a população. A descentralização de todos os serviços, não só de alimentação, de atendimento à população de rua, abrigamento, hospedagem, albergamento, tudo isso é importante que aconteça no território”, pontuou, lembrando que as pessoas precisam de qualidade alimentar.

“O prato popular oferece alimentação de alta qualidade, portanto é uma política não necessariamente só de combate à fome, mas de elevação da qualidade de segurança alimentar, porque o problema da insegurança alimentar é que às vezes as pessoas acessam alimentos, mas não na diversidade, no volume e na qualidade necessários. O restaurante popular garante isso”, ressaltou. Conforme Voigt, a grande novidade é que a distribuição ocorrerá em quatro locais. “A refeição é feita e daqui sai para outras três ilhas, servindo aqui e nas outras três ilhas”, concluiu. 


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