Reunião discute estratégias para enfrentar problemas ambientais em Porto Alegre

Reunião discute estratégias para enfrentar problemas ambientais em Porto Alegre

Um dos pontos discutidos foi a necessidade de alertar a população de proteger a mata ciliar de Porto Alegre

Vitória Fagundes

A reunião contou com a participação de representantes de movimentos ambientais, sindicatos e políticos do executivo municipal.

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O Movimento Salve os Parques e Rede Preserva POA realizou nesta quarta-feira (04) uma reunião para discutir estratégias ações contra a privatização dos espaços arbóreos de Porto Alegre pela prefeitura. Durante a reunião foram realizadas estratégias conjuntas para enfrentamento cenário ambiental da cidade, com a concessão e transformação dos espaços públicos pela Prefeitura de Porto Alegre. Segundo os movimentos ambientais, os debates não tem critérios claros e não conta com a participação da comunidade.

Os participantes se reuniram no Sindicato dos Municipários de Porto Alegre e debateram ideias, soluções e problemas de intervenções propostas pelo município. O representante Felisberto Seabra Luisi, articuladores do Rede Preserva POA, enfatizou que a concessão do espaço a iniciativas privadas pode gerar um problema ambiental à cidade de Porto Alegre.

“Além disso, queremos debater o impacto das mudanças climáticas, alertar a população. Estamos em um momento de estabelecer estratégias de atuações em territórios que estão ameaçados com a privatização, como a própria orla ficou ameaçada pelo Guaíba nas chuvas. Não adianta fazer uma obra que vai prejudique a cidade em tempos de chuvas. Quem vai sofrer com isso é a população”, destaca. “A própria orla ficou ameaçada pelo Guaíba. Não adianta fazer uma obra que vai prejudique a cidade em tempos de chuvas”, acrescenta.

O técnico em biologia, Anderson Vieira Prates, voluntário do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, destacou que a reunião discute os próximos passos das mobilizações dos movimentos ambientais em torno dos parques Harmonia, Marinha do Brasil, Redenção e Anfiteatro Por-do-Sol. Ele ressalta que as mudanças climáticas que acontece no sul do Brasil reforçam a importância de preservar esses espaços “Essas barreiras que a gente tem nos parques de Mata ciliar tem mata Nativa, são barreiras naturais contra mudanças climáticas. As árvores no em torno do Guaíba diminui a velocidade dos ventos para não chegar às áreas urbanas, devastando tudo”.

A reunião contou com a participação de representantes de movimentos ambientais, sindicatos e políticos do executivo municipal.

A Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) informou que os processos relativos a parques públicos que estão em andamento na prefeitura são do Trecho 2 da Orla do Guaíba e do Parque Marinha junto com o Trecho 3 da Orla do Guaíba. "Os demais projetos já consolidados, como o do Parque Harmonia, foram amplamente debatidos com a comunidade por meio de reuniões, audiências e consultas públicas", ressaltou.

Em nota, a pasta disse que sobre o Trecho 2 da Orla do Guaíba, "o projeto ainda está em estudos e passará por diversos órgãos competentes até a sua definição final". Estão previstas audiências e consultas públicas, conforme prevê a legislação.

"Sobre o Marinha e Trecho 3 da Orla do Guaíba, o edital está em análise no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e já passou por todas as tratativas com a comunidade e as que a legislação exige, também realizadas consulta e audiências públicas. Todos os aspectos estão sendo analisados exaustivamente, visando o aprimoramento do parque sem prejuízo de suas características ambientais e esportivas. O Parque Marinha historicamente tem área verde e de cultura e lazer bem delimitadas e os projetos preservam e trazem especial atenção a essas características e a área de esportes. O Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) ocorre somente depois do licenciamento e nele terá o detalhamento da questão ambiental", destacou a SMP.


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