Rio dos Sinos passa dos 7 metros e mais de 500 pessoas seguem fora de casa

Rio dos Sinos passa dos 7 metros e mais de 500 pessoas seguem fora de casa

Nível das águas considerado normal é entre 2 a 4 metros

Fernanda Bassôa

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O nível do rio do Sinos na manhã desta segunda-feira (19), em São Leopoldo, atingiu a marca dos 7,28 metros, de acordo com a medição da régua do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e segue subindo 2 centímetros por hora. O nível das águas considerado normal é entre 2 a 4 metros. A tendência, segundo dados do Semae, é que o rio continue se elevando até o final do dia.

O nível não atinge estes níveis desde 2013. Ainda estão acolhidas no Ginásio Municipal Celso Morbach, 260 pessoas, totalizando mais de 500 fora de suas casas, considerando os demais locais coletivos de acolhimento. Outras 1,7 mil famílias tiveram as moradias atingidas pelas águas. Muitas delas buscaram acolhimento junto a casas de amigos, familiares e associações locais. 

Ainda no domingo (18) cerca de 90 famílias retornaram as suas residências, especialmente no bairro Campina, onde a água já baixou. Mais de 970 kits de alimentação, higiene e limpeza, além de colchões e cobertores foram entregues as famílias que procuraram o atendimento nos cinco CRAS durante o final de semana, e nesta segunda-feira (19), reabrem novamente para atendimento prioritário para a população mais atingida.

O prefeito Ary Vanazzi afirmou a retomada das aulas na Rede Municipal de Ensino nesta segunda-feira (19), salvo duas exceções, da escola Chico Xavier, que abriga famílias no momento, e da creche Acácia Mimosa, por problemas causados pelos alagamentos. Ainda não há previsão para o retorno na rede conveniada, a Ammep, também por estar abrigando as famílias, e Gente Inocente, Juja Baby, Smilim e Talitha Kun, por problemas causados pelos alagamentos. Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) retomam o pleno funcionamento, além de seguir garantindo a assistência nos locais com famílias abrigadas. 

Sobre a Casa de Bombas do arroio Gauchinho, na vila Brás, Vanazzi relatou que recebeu a informação dos técnicos de Novo Hamburgo (responsável pela manutenção do sistema) ser necessário um trabalho mais efetivo na revisão dos equipamentos. A possível precariedade do maquinário pode ser a causa do volume de água acumulada na região. Informou que busca alternativa imediata da utilização de bombas flutuantes que permitam o escoamento das águas ainda represadas no local e de longo prazo, conforme tratado com a comitiva de ministros do Presidente Lula, o projeto para a construção de uma nova Casa de Bombas como um dos projetos prioritários de recuperação da cidade. 


Correio do Povo
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