Rio dos Sinos recua mais na Praia do Paquetá, em Canoas, mas enchente ainda afeta ônibus

Rio dos Sinos recua mais na Praia do Paquetá, em Canoas, mas enchente ainda afeta ônibus

Sogal disse que 33 horários de uma linha estão sendo prejudicados pela água na estrada

Felipe Faleiro

Água do Sinos ainda está no nível da estrada em alguns pontos

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Baixou mais um pouco nesta quarta-feira o rio dos Sinos na região da Praia de Paquetá, bairro Mato Grande, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Porém a situação ainda frustra moradores, que precisam andar a pé por dez minutos, em alguns casos, para chegar aos ônibus que deixaram de circular na estrada da Prainha. A baixa do fluxo faz com que mais alguns já consigam entrar nas residências sem o auxílio de barcos.

“Moro aqui há 40 anos, e já vi enchentes maiores. Há seis anos não acontecia um alagamento assim. Mas sempre que ocorre, a gente tem dificuldades”, avaliou a aposentada Clair Lima Paim, 65 anos. Ela disse ter ouvido de outros vizinhos que a Defesa Civil Municipal teria estado no local no dia anterior. “Aqui é uma área muito tranquila, boa de se morar, mas o maior problema é mesmo a água. Quando sobe, alaga tudo aqui”, afirmou ela.

O recuo do Sinos já permite ver o final da via, onde a rua faz um contorno, e onde os moradores afirmam ser o final da única linha de ônibus que circula na região. A medição mais recente fornecida pelo Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima/Defesa Civil) afirmava que o rio estava em 1,85 metro na praia na última segunda-feira. Apesar da baixa, algumas placas e estruturas ainda estão parcialmente embaixo d’água.

A Sogal, empresa que administra o transporte coletivo em Canoas, confirmou hoje que a única linha afetada é a Paquetá/Mato Grande/Centro, que tem 33 horários ao longo do dia, sendo 17 no sentido bairro-Centro e 16 no sentido inverso. A ouvidoria da companhia disse que aguardam “segunda ordem” por parte da Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade (SMTM) para a normalização do percurso. Já a SMTM, por meio da Diretoria de Transportes, disse ter entrado em contato com a Sogal para verificar a normalização do serviço. 

A pasta afirmou ter sido comunicada de que o ônibus corre o risco de atolar, em razão das condições do terreno. “Portanto, o ônibus está circulando somente até o fim do trecho de asfalto. Ainda segundo a empresa, assim que as condições da estrada melhorarem será possível entrar no local”, disse a secretaria, em nota. A Prefeitura de Canoas também ressaltou que, no último sábado, a Defesa Civil Municipal entregou 1.830 peças de roupas, 88 pares de calçados, 61 cestas de alimentos, 61 caixas de leite e 26 pacotes de fraldas, itens que beneficiam 61 famílias carentes da região.


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