Rio Grande decreta situação de emergência devido ao temporal

Em pouco mais de dois meses, a Prefeitura de Rio Grande decretou novamente situação de emergência e calamidade pública. Desta vez, o motivo são os problemas causados pelo temporal da última quinta-feira. Na oportunidade, os ventos chegaram a 137 km/h.

Segundo a defesa civil municipal foram registrados 84 destelhamentos e 49 árvores caíram. Destas, quatro precisaram ser removidas. "Mais de 100 postes foram ao chão, mas a Defesa Civil foi informada oficialmente de 14", relata o coordenador da defesa civil municipal e vice-prefeito de Rio Grande, Sérgio Weber.

Ele fala que a opção pelo decreto ocorreu principalmente para agilizar a ajuda às pessoas que tiveram problemas em suas casas. Em toda a cidade houve falta de energia elétrica. Nas ilhas dos Marinheiros, Leonídio e da Torotama, o problema ainda causou a falta de água (Nesta segunda-feira, a energia elétrica foi restabelecida na maioria dos locais nas ilhas). "Sem luz, nas ilhas não é possível ter o fornecimento de água, pois os moradores utilizam bombas para puxar do solo. É uma população humilde que além de ter que lidar com a falta de água e de luz também não tinha comida, pois além deles, os comerciantes também perderam mercadorias estocadas", relata. Na cidade ainda há vários pontos onde a energia elétrica não foi restabelecida totalmente.

Cestas Básicas

A Defesa Civil Estadual deverá doar 700 cestas básicas, que irão para os moradores das ilhas. A doação é referente a inundação ocorrida em janeiro deste ano. "Estamos indo buscar nesta quinta-feira em Porto Alegre, devido a um problema no caminhão. Naquela vez, eles perderam tudo com a inundação nas lavouras de hortaliças, então os decretos acabam sendo necessários para diminuir a burocracia para conseguir ajudar a quem precisa", observa. Em torno de três mil pessoas moram nas três ilhas.

Canguçu

O prefeito da cidade Canguçu, no sul do Estado, Vinícius Pegoraro, também decretou situação de emergência, em função do temporal da madrugada de quinta-feira. Segundo o documento, a decisão ocorreu em virtude dos sérios danos causados à comunidade, com perdas na agricultura, danos a residências, escolas e infraestrutura pública essencial. A medida permite que a Prefeitura adote ações imediatas para enfrentar os efeitos do desastre. Somente na agricultura, o prejuízo estimado nas culturas do milho, soja, tabaco, leite e morango supera os R$ 2,6 milhões. Foram registrados danos em casas tanto na zona urbana como rural, estradas e oito escolas municipais. A cobertura da quadra esportiva da Escola Municipal de Ensino Fundamental Santo Ângelo caiu.