Rio Ibirapuitã está a menos de meio metro da cota de inundação em Alegrete

Rio Ibirapuitã está a menos de meio metro da cota de inundação em Alegrete

Corrente de água estava a 9,28 m e crescendo para a cota de cheia, que é 9,70m

Fred Marcovici

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O rio Ibirapuitã, em Alegrete, Fronteira Oeste do RS, media ontem, 9,28 m, crescendo, dentro da cota de alerta e a menos de meio metro da marca de inundação de 9,70m. Choveu 22,8mm na cidade, mas sem danos registrados. Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Renato Grande, de forma cautelar, as 92 famílias, sendo 31 desabrigadas e outras 61 desalojadas, aguardam a evolução do quadro para poder retornar com segurança às casas.

Os bairros Santo Antônio, Vila Nova, Promorar, Canudos, Vila Izabel, Centenário e Macedo foram os mais atingidos. O Ginásio do Instituto Oswaldo Aranha, a Sociedade Alegretense de Apoio à Infância e Adolescência (SAAIA) e o antigo posto do bairro Macedo recebem os ribeirinhos. Famílias solicitaram apoio à Defesa Civil para retornar à casa, o que não tem sido indicado devido ao repique registrado.

Já em Itaqui, o Uruguai mede, 7,11m, baixando (deixando a cota de atenção que é de 7,30 m). Estão mantidas as 36 casas volantes, comuns na cidade, dos bairros Ponte Seca, Cerrinho, Dois Umbus e 24 de Maio, tracionadas para pontos mais altos das margens do rio e 11 famílias de casas fixas foram removidas, resultando em 148 pessoas afetadas. Duas famílias estão no Ginásio Castelo Branco e nove direcionadas para moradias de parentes.

Estima-se que será necessária uma semana para a normalização do quadro e retorno das volantes e famílias aos pontos de origem. O serviço da balsa que faz a travessia entre Itaqui e Alvear na Argentina funcionou normalmente, nesta segunda. De acordo com Valdemarino do Amaral, coordenador da Defesa Civil municipal, famílias querem retornar às casas, o que acontecerá somente após a vistoria do próprio órgão e da Secretaria de Saúde.

Em Uruguaiana, o rio Uruguai, com a chuva de ontem acumulou 25mm, marca 8,27m, em viés de baixa, deixando a cota de inundação de 8,50m. Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Paulo Woutheres, após a atualização do final de semana há 52 famílias atingidas (6 desabrigadas e 46 desalojadas – totalizando 200 pessoas), dos bairros Mascarenhas de Moraes, Santo Antônio, Nova Esperança e Cabo Luiz Quevedo.

Cinco famílias no pavilhão do Centro Esportivo Zona Leste e uma no Centro Esportivo Nova Esperança, que recebem os núcleos desabrigados. As demais procuraram a casa de parentes ou barracas. A orientação é para que se mantenham nos locais em que estão até que haja segurança para o retorno. De qualquer forma, 19 núcleos familiares retornaram para casa, por conta própria, no domingo.

Em Barra do Quaraí, divisa com Bella Unión, no Uruguai, o rio Quaraí mede 7,24m, recuando em média um centímetro por hora. O dia está nublado. De acordo com Izair Rodrigues, coordenador da Defesa Civil municipal, o plano de contingência barrense está montado para enfrentar os fenômenos climáticos.

Em Manoel Viana, segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, André Meneghetti, o rio Ibicuí media 8,67 m, mantendo o recuo. Choveu 20mm durante o período, sem repercussão. As primeiras três famílias retornaram às residências ontem. Há ainda 18 famílias desalojadas (40 pessoas), dos bairros Navegantes, Restinga e Progresso, que estão em casas de parentes e amigos.

 


Correio do Povo
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