Rio Ibirapuitã volta a subir e se aproxima da cota de inundação em Alegrete

Rio Ibirapuitã volta a subir e se aproxima da cota de inundação em Alegrete

Com a situação, por precaução, as 92 famílias, sendo 31 desabrigadas e outras 61 desalojadas, permanecem aguardando para poder retornar às casas

Fred Marcovici

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Em Alegrete, o rio Ibirapuitã mede 9,23 m, retornando a cota de alerta e a meio metro da marca de inundação de 9,70m. Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Renato Grande, por precaução, as 92 famílias, sendo 31 desabrigadas e outras 61 desalojadas, permanecem aguardando a evolução do quadro climático para poderem retornar com segurança às casas. Os bairros Santo Antônio, Vila Nova, Promorar, Canudos, Vila Izabel, Centenário e Macedo foram os mais atingidos.

O Ginásio do Instituto Oswaldo Aranha, a Sociedade Alegretense de Apoio à Infância e Adolescência (SAAIA) e o antigo posto do bairro Macedo recebem os ribeirinhos. Famílias chegaram a solicitar apoio da Defesa Civil para retornar à casa, o que não tem sido recomendado devido ao repique.

Em Itacurubi, em novo levantamento concluído, atualizou os dados dos danos provocados pelo temporal do dia 18, aumentando de 94 para 132 casas, além da Câmara de Vereadores, atingidas pelo fenômeno climático – chuva e granizo. Os trabalhos estão voltados para a recuperação dos estragos.

Em Sant’Ana do Livramento, conforme a coordenação da Defesa Civil, a chuva acompanhada por granizo, do final de semana, registrou a queda de três árvores, ao menos 20 casas receberam lona devido às avarias nas coberturas e um cavalo, atingido por um raio, morreu.

Já em Itaqui, o Uruguai media ontem, 7,54m, baixando (nível inferior a marca de inundação de 8,30m). Estão mantidas as 36 casas volantes, usuais na cidade, dos bairros Ponte Seca, Cerrinho, Dois Umbus e 24 de Maio, tracionadas para pontos mais altos das margens do rio e 11 famílias de casas fixas foram removidas, resultando, após atualização de 111 para 148 pessoas afetadas. Duas famílias estão no Ginásio Castelo Branco e nove direcionadas para moradias de parentes. Estima-se que será necessária uma semana para a normalização do quadro e retorno das volantes e famílias aos pontos de origem. O serviço da balsa que faz a travessia entre Itaqui e Alvear na Argentina foi retomado.

Em Uruguaiana, o rio Uruguai marca 8,54m, em viés de baixa, mas ainda dentro da marca de inundação de 8,50m. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Paulo Woutheres, estão mantidas as 71 famílias atingidas (6 desabrigadas e 65 desalojadas – totalizando 301 pessoas), dos bairros Mascarenhas de Moraes, Santo Antônio, Nova Esperança e Cabo Luiz Quevedo.

Cinco famílias no pavilhão do Centro Esportivo Zona Leste e uma no Centro Esportivo Nova Esperança, que recebem os núcleos desabrigados. As demais procuraram a casa de parentes ou barracas. A orientação é para que se mantenham nos locais em que estão até que haja segurança para o retorno.

Em Barra do Quaraí, divisa com Bella Unión, no Uruguai, o rio Quaraí mede 7,38m, recuando lentamente. De acordo com Izair Rodrigues, coordenador da Defesa Civil, o plano de contingência municipal está montado para enfrentar os fenômenos climáticos.

Em Manoel Viana, segundo o coordenador da Defesa Civil, André Meneghetti, o rio Ibicuí media 9,15m, mantendo o recuo, no domingo de sol com nuvens, depois de atingir 11,89m. Há 21 famílias desalojadas (48 pessoas), dos bairros Navegantes, Restinga e Progresso, que foram levadas para casas de parentes e amigos. Choveu 18mm no município, sem danos à população, de acordo com Meneghetti. As primeiras famílias devem iniciar o retorno às residências nesta segunda-feira.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895