Rios da Região Metropolitana voltam a estabilizar após combinação de chuva e calor

Rios da Região Metropolitana voltam a estabilizar após combinação de chuva e calor

Precipitações de quinta-feira aumentaram temporariamente vazão dos cursos d'água

Felipe Faleiro

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Choveu na quinta-feira em diversos municípios da Grande Porto Alegre, o que ajudou a elevar novamente, mas ainda de maneira insuficiente, os principais rios que abastecem a região. O Gravataí, na régua de medição do Balneário Passo das Canoas, registrou 94 centímetros na manhã desta sexta-feira, após uma precipitação de apenas 1,8 milímetro. Já em Alvorada, na régua da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan, onde choveu 1,4 milímetro, o nível elevou de 1,09 metro na véspera para 1,13 metro na sexta-feira.

A precipitação foi mais significativa nos vales do Sinos e Paranhana, impulsionando, ainda que de maneira temporária, os níveis nesta região. O nível do rio dos Sinos, no Centro de São Leopoldo, cuja régua é mantida pela Agência Nacional de Águas (ANA), chegou a subir de 53 para 90 centímetros em cinco horas, entre a tarde e a noite de quinta-feira. No entanto, na manhã de hoje, voltou a cair para 58 centímetros, já que a vazão também registrou queda.

O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo informou que a Casa de Bombas João Corrêa, no bairro Vicentina, voltou a funcionar plenamente com as chuvas do final da tarde de quinta, e a régua de medição na Elevatória de Água Bruta (EAB) marcou, hoje, 1,40 metro, mesmo índice do dia anterior. Em Novo Hamburgo, o monitoramento da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) mostrava que o rio estava em 2,42 metros também na manhã da sexta-feira. 

Na foz do Paranhana, em Taquara, o Sinos mais que dobrou de altura, de 43 centímetros para 1,01 metro, porém depois caiu novamente para 59 centímetros. O município, duramente afetado pelo temporal de quinta-feira, teve o registro de 25 milímetros de chuva em poucos minutos, algo que não era visto nos últimos seis meses, pelo menos. O nível máximo alcançado na quinta foi o mais alto desde o início de dezembro de 2022. 

Os diretores-gerais das duas autarquias, Geison Freitas, do Semae, e Márcio Lüders, da Comusa, estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira para discutir, entre outros assuntos, a situação da estiagem no rio dos Sinos. “Captamos a água do Rio dos Sinos, portanto, é de nosso total interesse a preservação da bacia hidrográfica”, afirmou Freitas. Já em Porto Alegre, a régua da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) no Cais Mauá, no Centro Histórico, anotava 39 centímetros, após a chuva que chegou ao máximo de apenas um milímetro, dentro da média registrada nos dias anteriores.


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