RS inaugura Centro Regional de Operações com Cães de Faro

RS inaugura Centro Regional de Operações com Cães de Faro

Duplas de cães e condutores realizará busca de drogas em locais como o Aeroporto Internacional Salgado Filho

Kyane Sutelo

Dupla de agentes K9 atuando na verificação das bagagens, no aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

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O Rio Grande do Sul conta, agora, com um Centro Regional de Operações com Cães de Faro (CRK9/RS), situado junto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho de Porto Alegre. O espaço abrigará as chamadas equipes K9, formadas por um cão de faro e um condutor, cada uma. A expectativa é coibir ações criminosas de entrada de drogas em solo gaúcho. 

As duplas gaúchas são o cão Hammer e a condutora Denise, de Porto Alegre, a cadela Uva e sua condutora Samantha, de Rio Grande, e o cão Garden e seu condutor Mallmann, de Santa Maria. As equipes fazem vistorias em aeroportos, portos e atuam em operações em outros locais, como estradas. 

"Se houver a tentativa de passar com drogas aqui, é provável que a gente acabe detectando. Mas o grande objetivo mesmo é prevenir, alertar o possível infrator que aqui não é um local fácil", afirma o superintendente da Receita Federal na 10ª região fiscal, auditor fiscal Altemir Linhares de Melo. 

Até o momento a base dos cães era em Canoas, aumentando a complexidade do deslocamento. A sede junto ao aeroporto facilita o acesso das equipes K9. O local possui 5 baias e espaço para hospedagem, treinamento e cuidados veterinários para os animais. A intenção, conforme o superintendente da Receita Federal na 10ª região fiscal, é ampliar o número de equipes e transformar o RS em referência da região Sul nos próximos anos.

Apreensões no RS

Neste ano, já foram apreendidas no Aeroporto Internacional Salgado Filho 12,2 quilos de anfetamina, avaliados em mais de 900 mil dólares. Nos últimos 6 anos, a maior quantidade de drogas apreendidas no aeroporto foi em 2022, quase 6 quilos de cocaína, avaliada em mais de 1 milhão de dólares. 

A projeção é de que os índices de detecção aumentem, já que o cão Hammer e a condutora Denise atuarão diariamente no aeroporto, além de eventuais operações com apoio das outras equipes. A escolha dos voos com malas a serem vistoriadas será de acordo com investigações da Receita Federal gaúcha e podem ocorrer tanto em voos internacionais, como nacionais.

Os agentes

Os cães começam o trabalho já adultos e normalmente são das raças pastor alemão ou pastor-belga-malinois. Eles passam por um treinamento de, no mínimo, 5 meses junto aos condutores. “Nesse tempo ele já reconhece o que é uma bagagem, uma carga”, explica o chefe do Centro Nacional Cães de Faro da RF, auditor fiscal Marcelo Eduardo Peixoto Magalhães, presente na inauguração do CRK9/RS.

Os condutores participam de capacitação no Centro Nacional, em Vitória, no Espírito Santo. Samantha já está na segunda companheira de trabalho, a Uva, e deve viajar para novo curso em breve, pois sua dupla está prestes a se aposentar. Conforme ela, a média de trabalho dos cães de faro é de 2 anos. “Ele vai trabalhar de 8 até uns 10 anos, mais ou menos, aí depende de cada cão”, explica.


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