São Borja intensifica ações de combate ao Aedes aegypti

Os municípios da Fronteira-Oeste estão em alerta para a prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Em São Borja, o levantamento do número de focos do mosquito da dengue preocupa autoridades. Os dados, conforme os agentes de endemias, evidenciam que a proliferação do transmissor vem ocorrendo devido ao descuido da população que não vem participando das ações de controle do vetor. 

De 1º de janeiro até 10 de fevereiro foram visitados 14.365 locais entre residências, comércios, terrenos baldios, borracharias, depósitos de sucatas entre outros. Foram encontrados 783 focos de mosquito Aedes, destes 702 em residências. “Isso demonstra que a população se despreocupou em torno da precaução, pois é bem comum os agentes encontrarem água acumulada em recipientes como potes de iogurte, manteiga, latinhas”, analisa a veterinária da Vigilância Sanitária, Janaína Leivas. 

A Secretaria Municipal de Saúde informou que do material coletado foram feitas 6.516 análises, destas, 5.008 atestaram positivas para larvas do mosquito. Além disso, das amostras positivas, 47% foram retiradas de pequenos depósitos como garrafas pets, latinhas, sacos plásticos e outros, 29% em recipientes maiores como vasos sanitários e vasos de flor, 13 % em pneus e 11% em outros. 

O diagnóstico ainda demonstra que dos 783 focos, apenas 16 são em terrenos baldios. “Esse dado demonstra que os terrenos baldios não são o problema como muitas pessoas pensam, os números atestam que a maior dificuldade está nas residências normais e no descuido da população”, explica Leivas. Os moradores que não colaboram com a prevenção serão notificados. O município poderá cobrar as despesas decorrentes da limpeza e remoção dos criadouros do mosquito e há previsão de multa de 3 URM’s, o equivalente R$ 367, 71, para quem desconsiderar a ordem de limpar o pátio.