São Leopoldo decreta situação de emergência na área da Saúde

São Leopoldo decreta situação de emergência na área da Saúde

Medida ocorre devido a falta de repasses por parte do Governo do Estado, informou prefeito Ary Vanazzi

Stephany Sander

Prefeito Ary Vanazzi assinou na tarde de hoje o decreto de situação de emergência em São Leopoldo

publicidade

A exemplo de Novo Hamburgo, o município de São Leopoldo decretou situação de emergência no atendimento hospitalar e nas unidades que compõe o Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade. Segundo o prefeito Ary Vanazzi, o ato ocorre devido a falta de repasses por parte do Governo do Estado, e a consequente precarização das condições da saúde do município e a falta de uma perspectiva real de solução, levaram o prefeito a tomar a decisão.

O decreto, que tem validade de 90 dias poderá ser prorrogado, e visa dar segurança jurídica aos trabalhadores da saúde e à administração segundo o chefe do executivo. “Nossos servidores trabalham em condições precárias, sem insumos, sem gazes para curativos. Não vamos responder mais por isso" afirmou Vanazzi, destacando que 40% do orçamento da cidade vai para a área.

Durante a validade do decreto assinado na tarde desta terça-feira, o atendimento do Hospital Centenário ficará restrito a casos de urgências e emergências, com cirurgias eletivas suspensas. Apenas exames e cirurgias agendadas anteriormente ficam mantidos. O mesmo vale para os serviços da Unidade de Pronto Atendimento (Upa) Scharlau e o Centro de Saúde Feitoria. Serão mantidos porém, atendimentos pediátricos e para gestantes, com prioridade para usuários residentes da cidade.

Desfalque no Mais Médicos 

Vanazzi credita a saída dos 13 profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos como o agravante da situação envolvendo a área da saúde em São Leopoldo, que aguarda um total de R$ 7.925.926,72 de repasses do Estado. Desde a saída dos profissionais, sete unidades de saúde estão sem médicos para atender a população.

Através de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde do Estado afirma que não foi comunicada oficialmente sobre assinatura do decreto e por isso não pode se manifestar.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895