São Leopoldo inicia atividades alusivas ao Mês da Mulher

São Leopoldo inicia atividades alusivas ao Mês da Mulher

A abertura oficial está programada para dia 8 de março, com a caminhada do 8M, que tem como slogan “Nem Pense em Me Matar”

Fernanda Bassôa

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A programação do Mês da Mulher iniciou nesta quinta-feira em São Leopoldo e trouxe como pano de fundo temas importantes, como resistência, esperança e transformação no mundo. A primeira atividade acontece na UBS Padre Orestes, mas a abertura oficial está programada para dia 8 de março, com a caminhada do 8M, que tem como slogan “Nem Pense em Me Matar”.

A concentração será às 17h na Praça do Imigrante, com percurso que passará pela avenida Independência e seguirá até a esquina da Escola Estadual Visconde de São Leopoldo, onde ocorrerá um ato inter-religioso com uma breve apresentação de estudantes. Após a caminhada, às 19h30min, ocorre o Sarau Elza Soares, em frente à Praça Vinte de Setembro (Biblioteca).

A secretária de Políticas para Mulheres de São Leopoldo, Margarete Simon Ferretti, disse que toda a programação foi pensada em conjunto com a sociedade civil, integrantes dos movimentos sociais e toda a rede de acolhimento do município. “Nossa caminhada será um ato potente, onde a intenção é denunciar a violência que a mulher vem sofrendo nos últimos tempos; o grande número de feminicídios. É um alerta, um chamamento para a comunidade. É preciso mudar esta triste realidade e a nossa caminhada tem exatamente esta intenção. Não podemos mais nos calar, é preciso denunciar.”

Além da caminhada – considerada o marco da programação - o cronograma de atividades ainda conta com roda de conversação, ações descentralizadas nas unidades de saúde, panfletagem, blitz, testagem rápida para HIV, Sífilis, Hepatite B e C, exames preventivos do colo uterino, exames clínicos de mama e requisição de mamografias, consultas clínicas voltadas para o cuidado da saúde da mulher, oficinas com manuseio e plantio de chás e ervas medicinais, bem como espetáculos teatrais.

“As rodas de conversas com terapeutas e especialistas são muito importantes, pois a violência que vivenciam deixam rastros significativos. Elas adoecem mentalmente e tem dificuldade para encarar o dia a dia, a baixa estima. Trabalhar a prevenção, o denuncismo e o acolhimento de forma permanente faz parte da nossa gestão. É preciso muita coragem para romper um ciclo de violência dentro de casa, pois as dificuldades são muitas e o município precisa ter uma equipe de profissionais capacitados e preparados para dar um suporte para estas vítimas. É isso que fortalecemos neste momento", explicou Margarete. 


Correio do Povo
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