Saiba até quando sacos de areia permanecerão em comporta do Cais Mauá, em Porto Alegre

Saiba até quando sacos de areia permanecerão em comporta do Cais Mauá, em Porto Alegre

Material foi adquirido em setembro de forma emergencial, para bloquear passagem de água de enchente histórica

Felipe Faleiro

Comporta 3, próxima a avenida Padre Tomé, é a única ainda fechada temporariamente

publicidade

Os sacos de areia que estão em frente a comporta 3, no Cais Mauá, próximo a avenida Padre Tomé, no Centro Histórico de Porto Alegre, como reforço no bloqueio do local, permanecerão ali até o nível do Guaíba atingir 1,50 metro, segundo o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Considerando as marcas aferidas pela Agência Nacional de Águas (ANA), tal nível do principal curso d’água da Capital não é atingido desde o último dia 4 de setembro. 

Afora as seis comportas fechadas permanentemente, esta, próxima à sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), é a única ainda cerrada em razão das enchentes de setembro e outubro, enquanto as demais já estão reabertas. Em setembro, o Dmae adquiriu de maneira emergencial 12,7 mil sacos de 20 quilos, ao custo de R$ 5,50 cada. Ou seja, o total investido foi de R$ 69.850, para uso do material no sistema de proteção contra cheias na avenida Mauá.

O órgão afirma que a compra foi necessária pois o estoque próprio foi insuficiente para a contenção fina nas 14 comportas. Em setembro, foram usados em torno de 9 mil sacos, e atualmente, segundo o Dmae, o cenário é de “precaução”. O órgão garante haver saldo remanescente de material para atender a demanda imediata neste período de El Niño, se houver necessidade. Após a reabertura dos portões, a maior parte do material foi estocada no Cais e nas dependências do Dmae.

Há quase um mês, no dia 27 de setembro, o Guaíba atingiu o máximo de 3,18 metros, de acordo com as medições da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), inundando o Cais e grande parte da orla. Tal nível foi o maior desde a enchente de 1941, esta considerada a maior de todos os tempos na Capital. Desde então, o nível tem oscilado de forma consistente para baixo, permanecendo nesta semana próximo à faixa de dois metros.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895