Saiba como Porto Alegre prepara piscinas públicas para a temporada de verão

Saiba como Porto Alegre prepara piscinas públicas para a temporada de verão

Cinco locais devem receber público a partir da segunda quinzena deste mês

Felipe Faleiro

Cecoflor, no bairro Cristo Redentor, já está cheia de água, mas é para treinamento de agentes

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O verão bate à porta dos porto-alegrenses, e a aproximação dos dias quentes começa a gerar expectativas nos frequentadores das cinco piscinas públicas da Capital. Instaladas em centros comunitários, elas são um verdadeiro refresco ao calor escaldante costumeiro de muitos dias em Porto Alegre. Segundo a Prefeitura, está em andamento a manutenção destes espaços, a fim de melhor receber um número expressivo de frequentadores, que, na temporada passada, foi superior a 45,8 mil pessoas.

Somando os quatro contratos da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude (Smelj) já em vigor até o momento, para serviços de portaria, vigilância desarmada e contratação de limpadores, foram investidos pela Administração pouco mais de R$ 330 mil, para o atendimento até 31 de março de 2024. A previsão de abertura das piscinas é a segunda quinzena de dezembro, conforme a Smelj, possivelmente nos dias 18 ou 19 deste mês.

Na temporada anterior, três delas foram abertas ainda em dezembro de 2022, enquanto as demais duas, em janeiro deste ano. Para este verão, os reparos começaram ainda em outubro. A reportagem visitou ontem pela manhã três destes locais, nos centros de comunidade da Vila Floresta (Cecoflor), bairro Cristo Redentor, Primeiro de Maio (Ceprima), no bairro Santa Maria Goretti, e Vila Ingá (Cevi) no Passo das Pedras, e encontrou realidades parecidas, alguma sujeira e problemas nas estruturas.

As outras piscinas ficam nos centros Vila Restinga (Cecores), na Restinga, e Parque Madepinho (Cecopam), na Cavalhada. No Ceprima e no Cevi, elas estavam vazias, sendo que, no primeiro local, as principais constatações foram a presença de algumas gramíneas na área exterior e de sujeira no fundo. Parte do problema, segundo a coordenação do espaço, é causado pela água da chuva durante o ano, já que as mesmas não ficam cheias inclusive pela possibilidade de proliferação de mosquitos. 

A frequência da limpeza também diminui nos períodos em que a população não está as usando. A situação era similar no Cevi, a piscina mais frequentada em Porto Alegre em 2022/2023, com cerca de 15 mil atendimentos. Ali, a coordenadoria afirmou temer pelo estado dos motores, que também não são ligados quando a piscina está vazia. Caso haja uma tentativa de ligá-lo na abertura da temporada e a máquina não funcione, o banho no local ficará atrasado. 

O revestimento também apresentava algumas pequenas falhas, porém que não devem comprometer o lazer da população, conforme a coordenação. No Cecoflor, a piscina estava cheia de água, e a explicação é de que, neste sábado, os servidores da Smelj que trabalharão no serviço durante o verão realizam um curso preparatório no local, em uma parceria da Prefeitura com a Associação Brasileira de Química do RS (ABQ-RS). Os assuntos abordados serão a preservação dos sistemas de filtragem e riscos associados à falta de tratamentos.

Algumas folhas estavam dentro da água, bem como boiava um dispensador de cloro. Ao lado da piscina, havia embalagens de produtos químicos utilizados para tratamento. No acesso à piscina, onde também é possível acessar a academia do Cecoflor, lâmpadas queimadas também chamaram a atenção. Conforme a Prefeitura, os reparos nas instalações elétricas estão incluídas no investimento de cerca de R$ 100 mil nos centros comunitários, bem como pintura dos ambientes, manutenção das instalações hidrossanitárias e pequenas intervenções nos revestimentos das paredes dos vestiários e banheiros.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895