Salas das Margaridas são inauguradas em Erval Seco e Panambi

Salas das Margaridas são inauguradas em Erval Seco e Panambi

Ação é uma das principais políticas públicas da Polícia Civil no enfrentamentoa violência doméstica e familiar contra a mulher

Agostinho Piovesan

Aline Dequi Palma é a primeira mulher a ocupar o cargo de delegada na 14ª DRP

publicidade

A titular da 14ª Delegacia Regional de Polícia (14ª DRP) com sede em Palmeira das Missões, Aline Dequi Palma, informou que já estão em funcionamento as Salas das Margaridas, nas cidades de Erval Seco e Panambi. “É um espaço reservado, privativo e acolhedor, onde são registradas ocorrências policiais, oitivas das vítimas, bem como o pedido de medidas protetivas e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha”, disse.

A delegada, primeira mulher a assumir a titularidade da 14ª DRP numa área de 29 municípios e onde funcionam 18 Delegacias de Polícia, afirma que a Sala das Margaridas é uma das principais políticas públicas da Polícia Civil no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Ela que trabalha há 16 anos como Delegada na região, quer uma polícia mais humanizada. “Quero trazer um novo olhar da Polícia Civil para esta região, uma Polícia mais humanizada”, disse. Ela cita que a região conta com policiais muito bons, preocupados com a comunidade.

A Delegada Aline cita que a região não conta com uma Delegacia da Mulher e que, além das Salas das Margaridas, em Erval Seco e em Panambi, outros espaços serão criados em outras DPs desta parte do Estado. “Policiais, homens e mulheres, foram capacitados para realizar este atendimento especializado”, observa. Aline afirma que as Salas das Margaridas são ambientes acolhedores em que a mulher vítima de violência que procura a Polícia Civil vai ter um atendimento especializado, que leve em conta sua condição de vulnerabilidade.

Segundo o delegado Eduardo Ferronato Nardi, da DP de Erval Seco, o projeto para realizar as melhorias na sala contou com o apoio da Administração Municipal de Erval Seco, da Chefia da Polícia e do Departamento de Proteção de Grupos Vulneráveis da Polícia Civil. “Trata-se de um ambiente diferenciado, um ambiente acolhedor, privativo, com layout próprio em que a ofendida poderá relatar os fatos longe do agressor, visando, assim, melhor atender as mulheres que comparecem ao Órgão Policial em situação de violência e vulnerabilidade social”, observa.

Já o delegado de Polícia de Panambi, Gustavo Fleury, destacou que a sala é um marco no aperfeiçoamento da estrutura e qualificação no atendimento às mulheres vítimas de violência em Panambi. “Agora elas terão um espaço só delas, acolhedor, para que possam expressar todas as circunstâncias dos casos por elas enfrentados, sem se preocupar com a presença de terceiros”, afirmou.

Ele agradeceu o apoio do Grupo de Apoio à Polícia Civil (GAP) de Panambi, que auxiliou financeiramente permitindo a adequação do ambiente para o atendimento.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895