Secretaria anuncia etapas para ocupação de prédio histórico de Caxias do Sul

Secretaria anuncia etapas para ocupação de prédio histórico de Caxias do Sul

Será contratada empresa para executar um plano geral, mas não há prazos estipulados

Celso Sgorla

Será feito estudo para apontar possíveis ocupações do complexo

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A ocupação do prédio da antiga Metalúrgica Abramo Eberle Sociedade Anônima (Maesa), que se tornou patrimônio histórico em 2015, não tem prazos definidos, mas teve as próximas etapas divulgadas pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC). As ações integram Plano Geral e de conservação do conjunto de aproximadamente 53 mil metros quadrados. O complexo já abriga a Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural da SMC e o posto de monitoramento 24 horas da Guarda Municipal desde outubro de 2017.

O principal ponto diz respeito à elaboração do plano a ser desenvolvido por uma empresa de arquitetura especializada, selecionada via licitação. A Secretaria Municipal do Planejamento (Seplan) trabalha na elaboração do processo e já definiu as etapas para a confecção do documento: levantamento e caracterização, etapa que contempla o levantamento cadastral arquitetônico e fotográfico e prospecção arquitetônica; diagnóstico, ou seja, a interpretação de dados, baseado em mapeamento de danos e florístico, além de indicação do potencial e vocações; e as diretrizes, composta pelas atividades de zoneamento, de infraestrutura, indicação de tipo e grau de intervenção, recomendações para edificar e medidas de conservação.

No entanto, a área só poderá ser estudada após a desocupação total do prédio, com o cessamento das atividades fabris que restam, o que já devia ter ocorrido em 31 de julho. A questão está sendo discutida na Justiça. Uma metalúrgia instalada em um dos prédios do conjunto quer mais tempo para deixar o local, enquanto a prefeitura quer a desocupação imediata conforme Termo de Ajustamento de Conduta.

História
Inaugurado em 1948, o complexo conhecido concentrava os trabalhos de fundição, mecânica, forja e produção de talheres. Foi lá, por exemplo, que o Monumento ao Imigrante foi fundido, entre 1953 e 1954. O complexo compreende todo o quarteirão entre as ruas Plácido de Castro, Dom José Baréa, Pedro Tomasi e Treze de Maio. O imóvel foi idealizado e projetada pelos arquitetos Silvio Toigo e Romano Lunardi. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895