Sem luz, porto-alegrenses buscam por gasolina
Nas principais avenidas, motoristas enfrentaram filas em postos de combustível que ainda estão com energia
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Os temporais da noite de terça-feira que causaram estragos em mais de 39 cidades do Estado, resultaram em outro contratempo: a falta de gasolina. Em Porto Alegre, uma série de postos de gasolina segue fechados em função da ausência de luz, enquanto que os abertos enfrentam filas. A concentração de busca por combustível ocorre, em sua maioria, nas avenidas da Capital. Os relatos dos trabalhadores são parecidos: a luz, entre 21h e 22h da noite, durante o temporal. Nas unidades em que a energia foi reestabelecida, pela manhã, as filas seguem desde então - e a perspectiva é que se mantenham.
Para quem está saindo da Zona Sul, uma das partes mais atingidas da Capital, e indo em direção ao Centro, ao menos duas unidades estão atuando: o posto Ipiranga, na avenida Icaraí; e o posto Shell, na avenida Cavalhada, em frente a rede de mercados Zaffari. Em ambos o fluxo de carros segue constante, tanto que, em função da demanda, os gerentes têm atuado na linha de frente, enchendo tanque e recebendo pagamentos.
No posto Ipiranga, contudo, a ausência de internet restringia os pagamentos a dinheiro ou cartão. A última opção, porém, depende do sinal da rede de telefonia, que está fraco. A lentidão nos pagamentos dificulta a condução dos trabalhos, o que contribui para aumentar o número de carros na fila. Ainda assim, o tempo de espera não tem sido longo, relataram os motoristas.
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Em outras unidades, a luz ainda não retornou, mas um gerador possibilita o funcionamento. É o caso do posto Shell, na esquina da avenida Farrapos com a Ramiro Barcelos, no centro da Capital. Ainda que sem filas extensas, o gerente Fabrício Bueno conta que o fluxo intenso de carros não parou desde as primeiras horas da manhã. Mas, se luz não é problema, a água sim – e não há previsão de retorno, conta Fabrício. De ambas as redes de internet o que posto tem, só uma funcionava. "As informações que temos são somente aquelas oficiais, aquilo que tem no Twitter (atual X)", diz Fabrício. Por parte da companhia de energia não há previsão de retorno.
Já nas unidades que seguem sem luz e não contam com gerador, as opções são fechar as portas ou seguir esperando o retorno. Em ambos os casos, o prejuízo é grande. A gerente Patrícia Macedo, que comanda o posto ao lado do Zaffari, na avenida Cavalhada sentido bairro-centro, lamentou a perda dos produtos. Desde que energia acabou, às 21h de terça-feira, a unidade segue no escuro. “Quantas coisas vamos perder? São quase R$ 10 mil em picolé”, questiona, fazendo referência ao freezer de picolés na loja de conveniência da unidade. Ela afirma que tentou, durante toda a tarde, entrar em contato com a CEEE Equatorial, mas não teve sucesso. Pelo Whastapp, a mensagem é que ela está 'na fila de espera'.