Servidores da Defensoria Pública do RS aprovam calendário de paralisações para abril

Servidores da Defensoria Pública do RS aprovam calendário de paralisações para abril

Mobilização da categoria busca garantir benefícios como auxílio-creche, auxílio-saúde e reajuste igual ao proposto para os defensores públicos

Kyane Sutelo

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Os servidores da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS) definiram, nesta quinta-feira, um calendário de paralisações e atos nas próximas semanas. O pleito é pela garantia de direitos previstos pela lei 15.942, aprovada em janeiro deste ano na Assembleia Legislativa, como auxílio-creche, adicional noturno e gratificação por difícil provimento — para profissionais que atuem em locais com dificuldade de acesso. 

Os trabalhadores ainda buscam outros benefícios como auxílio saúde, a retomada de prêmio por produtividade e reajuste igual ao proposto aos defensores públicos. “Nós queremos tratamento isonômico, mais igual, para todos”, defendeu o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Defensoria Pública do Estado (Sindpers), Thomas Nicolas Vieira.

A categoria votou em assembleia geral paralisações nos dias 12 e 17 de abril. também foi aprovado um ato na manhã do dia 20, em frente à sede da Defensoria Pública do Estado, no Centro Histórico de Porto Alegre, antecedendo a próxima assembleia que ocorrerá na mesma data, pela tarde. Em estado de greve desde 24 de março, o representante do sindicato não descarta a possibilidade de greve a partir do próximo encontro para deliberação da categoria.

Conforme o Sindpers, a administração do órgão alega não ter orçamento para colocar em prática os benefícios previstos pela lei recém aprovada. No entanto, a categoria argumenta que o projeto de lei 117/2023, que tramita no parlamento gaúcho, prevendo aumento aos defensores públicos, comprovaria que a Defensoria possui a verba necessária para seus pleitos. O sindicato espera que a adesão às paralisações atinja até 50% da categoria.

Até a publicação desta matéria, a Defensoria Pública do Estado não retornou ao Correio do Povo sobre o caso.


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