Servidores de Cachoeirinha param por um dia em protesto a defasagem salarial de 32% em 8 anos

Os servidores públicos de Cachoeirinha paralisaram os serviços nesta segunda-feira como ato de protesto contra a defasagem salarial de 32% dos últimos 8 anos. A categoria montou vigília em frente ao prédio da prefeitura e por volta das 9 horas saíram em caminhada pelas ruas da cidade chamando atenção da comunidade para as pautas reivindicatórias do funcionalismo público.

De acordo com a coordenadora de ação sindical do Sindicado dos Municipários de Cachoeirinha (Simca), Adriana Lemos, os salários dos servidores ficaram congelados de 2017 até 2021, acumulando perdas desde esta época. "Além disso, tem servidores que recebem abaixo do salário-mínimo regional, outra luta importante que faz parte da nossa pauta de reivindicações. Junto com a questão vale-refeição de qualidade, a redução de alunos por turmas na educação e o recebimento do vale-transporte em dinheiro."

Adriana garante que os serviços essenciais foram mantidos 100%, como os atendimentos na UPA, os acolhimentos nos albergues e abrigos. Ela considerou o movimento desta segunda-feira extremamente positivo, com grande adesão da categoria, apesar da chuva e do frio. “A participação dos servidores neste dia de paralisação só demonstrou ao Executivo o descontentamento da categoria frente a proposta apresentada. Hoje estamos aqui para mostrar nossa força e união, pois nossas reivindicações estão todas bem definidas”, disse a coordenadora de ação sindical do Simca.

COMO SE MANIFESTA A PREFEITURA:

A Prefeitura de Cachoeirinha informa que recebeu a notificação de paralisação dos serviços públicos municipais nesta segunda-feira, convocada pelo Simca. Desde o início desta gestão, todos os anos foram concedidas revisões salariais aos servidores municipais, além da reposição de valores que não haviam sido pagos por administrações anteriores.

A atual reivindicação do sindicato, inclusive, diz respeito a perdas acumuladas de gestões passadas – e a Prefeitura jamais se negou a tratar do tema com a seriedade e o respeito que os servidores merecem. Estamos em processo de diálogo aberto com o sindicato e avançando nas tratativas para garantir melhorias à categoria, sempre com responsabilidade e zelo pelas contas públicas.

É importante ressaltar que muitos dos pedidos já foram atendidos e outros estão em negociação, dentro da realidade financeira do município e do compromisso com o equilíbrio fiscal. Neste momento, entendemos que a paralisação anunciada prejudica diretamente a população de Cachoeirinha, especialmente as pessoas que mais precisam dos serviços públicos.

Famílias que dependem de creche para poder trabalhar, cidadãos que necessitam de consulta médica, vacina ou medicamentos, todos serão impactados por um movimento que, infelizmente, parece estar mais voltado a criar instabilidade do que a buscar avanços reais para os trabalhadores.

A Prefeitura reafirma o seu compromisso com o diálogo, com a valorização dos servidores e, acima de tudo, com a população de Cachoeirinha. Reforçamos que não há motivos concretos que justifiquem a greve neste momento, e seguimos abertos à construção de soluções conjuntas, sempre priorizando o interesse público.

Uma nova rodada de negociação com o Executivo está prevista para o dia 30 de maio, data em que será discutida a contraproposta apresentada pelos servidores.

Veja Também

• - Servidores de Cachoeirinha param nesta segunda-feira como protesto pelo congelamento salarial

• - Câmara dos Deputados aprova projeto que reajusta salários de servidores públicos

• - Executivo hamburguense envia para o Legislativo proposta de revisão geral de 5,48% para servidores

• - Servidores municipais de Caxias do Sul devem paralisar nesta segunda-feira

• - Ato de mais de 20 entidades em Porto Alegre pede reposição salarial ao Estado e melhorias no IPE Saúde