Simers busca informações sobre a possibilidade do GHC assumir hospitais de Alvorada e Cachoeirinha

Simers busca informações sobre a possibilidade do GHC assumir hospitais de Alvorada e Cachoeirinha

Grupo Hospitalar Conceição divulgou nota informando que está em tratativas com a Secretaria Estadual de Saúde, mas ainda não há definição

Correio do Povo

Com o fechamento da maternidade no Hospital de Viamão, todas as mães precisam se deslocar para o Hospital de Alvorada para ter os bebês

publicidade

Para saber mais informações sobre a possível troca de gestão dos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha, na região Metropolitana, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, esteve reunido com o diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Gilberto Barichello. Nesta semana, o Simers alertou para o agravamento da crise que afeta os hospitais e, na quinta-feira, o GHC divulgou nota sobre a possibilidade de assumir a administração dos centros médicos.

No texto, o GHC lembra que, em maio de 2023, "a atual diretoria iniciou tratativas com o Ministério da Saúde para avaliar a possibilidade de o GHC assumir a gestão do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, e do Hospital Municipal, em Alvorada".

O objetivo das tratativas, em âmbito federal, era encontrar uma solução para minimizar os graves problemas que a população desses municípios vem enfrentando na área da assistência hospitalar e que também afetam os hospitais do GHC, pois há um aumento da demanda de usuários em busca de atendimento. "Em setembro passado, foram iniciadas as primeiras conversas com a Secretaria Estadual da Saúde e não há nenhuma decisão tomada até o momento. Diversas questões que afetam a realidade atual das gestões das duas unidades hospitalares precisam ser elucidadas com a Secretaria Estadual da Saúde antes de qualquer decisão definitiva", diz a nota.

Segundo Rovinski, na reunião de ontem, a direção do GHC confirmou ao Simers que estão sendo realizadas tratativas com a Secretaria Estadual da Saúde, com algumas solicitações feitas pelo Grupo para que a troca seja efetivada e que estão em análise pelo governo. Pedidos que vão desde um inventário dos materiais e equipamentos até reformas estruturais.

"Caso isso se concretize, recebemos a garantia de que todos os profissionais que estão com os pagamentos atrasados terão suas verbas rescisórias pagas, assim como os direitos trabalhistas preservados. Por isso, o Simers vê com bons olhos uma nova gestão que está preocupada em resolver o problema, uma vez que a falta de assistência em Cachoeirinha e Alvorada reflete na superlotação dos hospitais do GHC, que deixam de atender a média e alta complexidade para receber casos que poderiam ser resolvidos nestes hospitais. Queremos estabilidade para os médicos e segurança na assistência para os pacientes", ressalta o presidente do Sindicato Médico.

O Simers vem acompanhando de perto a situação do Hospital de Alvorada e do Hospital Padre Jeremias, que estão sob a gestão do Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC). Nos locais, os médicos que atuam via pessoa jurídica estão há três meses sem receber os honorários. O que reflete na falta de profissionais para fechar as escalas e coloca em risco o atendimento às gestantes, por exemplo, com o abre e fecha do Centro Obstétrico em Cachoeirinha.

Também participaram da reunião a presidente da Associação dos Médicos e Odontólogos do Hospital Conceição (Amech), Maria Cecília Matzenbacher; o diretor de Atenção à Saúde do GHC, Luís Antônio Benvegnú; e a gerente da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, Fábia Richter.

Questionada sobre a situação, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou nota afirmando que "mantém diálogo constante (com o Grupo Hospitalar Conceição) e (as partes) estão em fase de tratativas sobre o tema. Toda e qualquer decisão formalizada será comunicada em conjunto". 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895