Simers lança campanha contra a abertura de novas vagas de Medicina

Simers lança campanha contra a abertura de novas vagas de Medicina

Sindicato entregou reivindicações ao senador Hiran Gonçalves (PP), de Roraima, que preside a Frente Parlamentar Mista da Medicina do Senado

Kyane Sutelo

Integrantes do Núcleo Acadêmico e da diretoria do Simers se reuniram com o senador Hiran Gonçalves (PP), de Roraima, na sede da entidade.

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O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) lançou, nesta sexta-feira, a campanha SOS Escolas Médicas, para combater a abertura de novos cursos de medicina. A entidade se manifesta contrária a empresas que colocam o uso econômico das matrículas acima dos interesses sociais e educacionais. “Quem vai sofrer são as populações mais carentes que é onde esses médicos com possível má formação vão trabalhar”, disse o presidente do Simers, Marcos Rovinski.

O Núcleo Acadêmico (NAS) do Simers integra a ação. Formado por estudantes, o grupo denuncia as experiências negativas vividas pelos integrantes e também por outros alunos que buscam apoio no Sindicato. “Por mais que prejudique a nossa formação, atender 1 paciente em 12 alunos prejudica também o paciente”, desabafa a presidente do NAS, Julia Adames.

Eles receberam ontem o senador Hiran Gonçalves (PP), de Roraima, que é médico e preside a Frente Parlamentar Mista da Medicina do Senado. Os acadêmicos entregaram 2 documentos ao senador, pedindo o impedimento de novas vagas de cursos de Medicina e a inclusão em lei das regulamentações para os cursos existentes. 

O presidente da Frente Parlamentar parabenizou a iniciativa e manifestou apoio. “Nós estamos lutando lá para estabelecer critérios bem objetivos para a abertura de novas escolas”, afirmou o senador. Ele também defendeu a aplicação de prova para avaliar a qualidade do ensino, diminuindo o número de vagas ou até fechando instituições que “formam mal”.

O país possui, atualmente, 389 cursos de Medicina, a maioria aberta nos últimos 20 anos, segundo o presidente do Simers. No Rio Grande do Sul, são 20 cursos e há 20 pedidos de abertura de novas escolas, conforme o sindicato.


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