Simulação de escolta de órgãos chama a atenção no Centro Histórico de Porto Alegre

Simulação de escolta de órgãos chama a atenção no Centro Histórico de Porto Alegre

Ação da EPTC iniciou no Aeroporto Salgado Filho e terminou no Complexo Santa Casa

Rodrigo Thiel

Um dos primeiros cruzamentos bloqueados na simulação foi da Avenida Sertório com a Souza Reis

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Uma vida não pode esperar muito tempo para ser salva. Pensando nisso e com o intuito de conscientizar a população, a EPTC realizou nesta quinta-feira uma simulação de escolta de órgãos do Aeroporto Salgado Filho ate o Hospital Dom Vicente Scherer. O trajeto de cerca de 6,5 km, normalmente realizado em um dia normal em 20 a 30 minutos, é reduzido em até 10 minutos com a escola da EPTC. Pode parecer pouco, mas este tempo faz a diferença para quem está na espera para receber um órgão.

Ao todo, participaram da ação oito batedores da Coordenação de Operações Especiais (COE). O comboio chamou a atenção de motoristas e pedestres, principalmente quando passou pelo Centro Histórico antes de chegar no Complexo Santa Casa.

De acordo com o Diretor-Presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto, neste tipo de situação, os agentes são essenciais para garantir segurança e fluidez. “A cidade literalmente abre os espaços para que passe o comboio. Com isso nós garantimos uma redução de tempo para chegar até aqui. Nós viemos olhando e imaginando que, se em cada sinaleira que o comboio fosse parar, era um minuto perdido”.

A ação da EPTC também foi alusiva à Semana Nacional do Trânsito e ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no próximo dia 27.

Um dos agentes que participou da simulação foi Leandro Barbosa, coordenador do COE. Segundo ele, o grupo já realizou mais de 20 escoltas de órgãos do aeroporto até hospitais da capital apenas em 2023. Além de órgãos, o COE também é responsável por fazer escola de autoridades, dignitários e clubes de futebol.

Ele destaca que o principal objetivo desta ação foi conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar este tipo de ação, parando e ajudando. “A ideia era mostrar à população que, quando vem uma motocicleta com sirene, é porque provavelmente ela tá em serviço de emergência. Neste caso, a atividade é proporcionar segurança à equipe médica que tá fazendo o transporte do órgão”.

O cirurgião Fabiano Pires destacou que a pressa, nestas situações, é parceira de um procedimento de transplante bem executado. “Cada momento é importante, desde a retirada dele do doador até a chegada no receptor. Então, entre o deslocamento no trânsito e a chegada aqui são vários passos. E economizar minutos é essencial”.

Momento em que a bolsa escoltada na simulação é entregue à equipe do Hospital Dom Vicente Scherer | Foto: Ricardo Giusti


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