Simulado de emergência reúne e capacita agentes da segurança em Nova Santa Rita

Um simulado de emergência, envolvendo transporte de cargas perigosas e não perigosas, reuniu diversos agentes dos setores da segurança, bem como técnicos de transportadoras e empresas de logística em Nova Santa Rita. Organizado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (SETCERGS), ação foi realizada como forma de capacitar empresas e sensibilizar a população sobre os cuidados em situações de emergência e diante de eventos adversos, atuando com agilidade, segurança e com um menor tempo de resposta.

O treinamento aconteceu no acesso principal do Parque Olmiro Brandão e contou com a participação de agentes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Civil, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Corpo de Bombeiros, Defesa civil, Guarda Municipal e técnicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de trabalhadores de transportadoras associadas.

O presidente do SETCERGS, Sérgio Gabardo, falou da importância da atividade e da gravidade que pode ser um acidente com carga perigosa para uma comunidade. “Qual é a nossa responsabilidade social, enquanto empresa, junto ao meio ambiente? E mais que isso. Qual a nossa responsabilidade para com a vida das pessoas? Precisamos pensar, caso um acidente desta natureza venha acontecer, como nós podemos atuar da maneira mais correta.”

O cenário montado para realização da dinâmica foi um falso acidente entre um caminhão-tanque carregado com álcool que estava parado no meio de um congestionamento e um caminhão que transportava carga embalada perigosa e não perigosa. Na cena, o caminhão-tanque é atingido na traseira pelo segundo, com carga. A colisão provoca o vazamento do produto do primeiro veículo. Enquanto o segundo caminhão teve parte da carga (não perigosa) espalhada na pista. O motorista que conduzia o caminhão que colidiu no estacionado sofre ferimentos e precisa ser socorrido, pois falava ao celular e não usava cinto de segurança.

Logo após a colisão, as autoridades são comunicadas e, conforme estabelecido no plano de emergência, agentes de trânsito, Corpo de Bombeiros, Fepam, Defesa Civil e Samu deslocam para a cena a fim de realizar cada um, sua atribuição. Entre as ações realizadas, após bloqueio do perímetro e isolamento do local, está o controle do vazamento, a retenção do produto derramado e a coleta dos resíduos, bem como a limpeza da pista para evitar contaminação ambiental.

O assessor de Carga Perigosa do SETCERGS, que coordenou toda a ação, Gilberto Cheiran, explica que o simulado faz parte dos requerimentos legais do transporte de cargas perigosas. “Nós temos uma legislação extremamente rigorosa para este tipo de transporte aqui no Brasil. Entre os requerimentos está o treinamento, orientação e o cumprimento da legislação. Este é o momento em que temos um evento anormal, onde colocamos em prática todo o nosso conhecimento para que não tenhamos a contaminação do meio ambiente, não tenha vítima, nem dano material para rodovia ou dano para as instalações. É um trabalho integrado, em conjunto com todos os agentes que geralmente se envolvem no processo.”

Conforme Cheiran, o momento do simulado é para avaliar a capacidade, apontar o que há de positivo e principalmente experimentar oportunidades de melhoria. “Identificar falhas e corrigir problemas. Isso inclui o tempo de resposta para o atendimento, a observância para o uso do equipamento mínimo disponível durante o atendimento de acordo com o tipo de produto e com a área em questão. Ainda assim, é preciso garantir a máxima segurança para o colaborador, clientes e principalmente o risco para a comunidade. Garantir a preservação de vidas e do meio ambiente”, conclui o assessor de Carga Perigosa do SETCERGS.

O secretário de segurança de Nova santa Rita, Moacir Serpa Godoi, ressaltou que é uma atividade importante porque Nova Santa Rita tem muitos transportadores de cargas perigosas. “Um evento desta natureza, desta proporção traz para o Município uma segurança, bem como para nós gestores e para a população”.