Sindicato diz que rodoviários vão fechar avenidas de Porto Alegre nesta sexta caso empresas não negociem salários

Sindicato diz que rodoviários vão fechar avenidas de Porto Alegre nesta sexta caso empresas não negociem salários

Companhias dizem ser sustentadas por liminar que considera próxima reunião apenas na terça-feira

Felipe Faleiro

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O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Porto Alegre (Stetpoa) concedeu prazo até meio-dia desta sexta-feira para o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) reabrir as negociações para a campanha salarial 2024 da categoria. Caso contrário, haverá novos protestos hoje, às 14h e 17h, com o fechamento de três avenidas da Capital, Salgado Filho, João Pessoa e Farrapos. O Seopa, por meio de seu advogado, Alceu Machado, disse que não deverá cumprir, e reafirmou que só irá voltar a negociar na próxima terça-feira, conforme sustentado por liminar expedida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na noite de quinta. Questionado sobre a posição do Stetpoa, Machado disse que a considerava “um absurdo”. Mais cedo, nesta madrugada, os rodoviários promoveram um panfletaço junto a empresa VTC, no bairro Cavalhada, para chamar a atenção sobre os pontos de reivindicação. Inicialmente, o ato deveria ser em alguma garagem da zona norte, porém foi alterado para a VTC por a empresa pertencer à presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), Tula Vardaramatos. A liminar assinada na noite de quinta prevê ainda multa de R$ 50 mil em caso de greve com fechamento de garagens, o que não houve hoje. O Stetpoa afirma não querer negociar na próxima semana porque “a cidade estará mais vazia”, segundo disse o 2º vice-presidente da entidade, Alexandre Ávila. A data-base dos valores para a categoria é 1º de fevereiro. Ao todo, conforme ele, o Stetpoa tem 26 pautas de reivindicação, principalmente ganho real de salário acima da inflação. Entre as demais, estão melhores negociações no plano de saúde, aumentos no tíquete-alimentação e pela dupla função de motorista e cobrador, neste último caso em 23%, alcançando o mesmo índice do que é pago pela Metroplan na região metropolitana.

Correio do Povo
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