Sindisaúde-RS realiza protesto em frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Sindisaúde-RS realiza protesto em frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Ato pacífico chamou a atenção para a remuneração variável aos diretores e falta de reajuste do vale-alimentação

Felipe Faleiro

Manifestantes também exibiram faixas em alusão ao Dia Internacional da Mulher

publicidade

Trabalhadores ligados ao Sindisaúde-RS realizaram um protesto pacífico na manhã de hoje, em frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na entrada da rua Ramiro Barcelos. Entre as pautas de reivindicação, o sindicato afirma considerar “imoral” a Remuneração Variável (RVA), aprovada pelo Conselho de Administração do hospital à própria diretoria executiva no ano passado. “A bem da verdade, existe uma previsão legal para isto. Mas entendemos que há imoralidade porque todo mundo trabalhou junto na pandemia”, diz o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien.

Jesien ainda afirmou esperar haver um “reconhecimento de forma coletiva”, o que não teria acontecido. Outra demanda apresentada diz respeito à correção de valores do vale-alimentação aos profissionais do Clínicas, que não é reajustado há quatro anos. O sindicato ainda mobilizou a entrega de uma carta aberta, relatando os motivos do protesto, realizado no Dia Internacional da Mulher também para chamar a atenção dos gestores quanto à igualdade de direitos, conforme relatado no documento, e pelo fato de que 80% da força de trabalho na saúde é feminina.

Teriam havido ainda cortes de custos, relata o Sindisaúde-RS, tanto na alimentação quanto no serviço de medicina ocupacional. O sindicato também destacou que a preparatória do ato de hoje reuniu mais de mil pessoas no WhatsApp, porém a mobilização em si, no período da manhã, teve em torno de cem participantes, entre funcionários e representantes da classe política. “Infelizmente, houve legislação em causa própria, e isto nos deixa bastante indignados”, comentou Jesien. Procurado, o hospital ainda não havia se manifestado sobre o protesto.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895