Sob forte comoção, jovem Gabriel Cavalheiro é sepultado em São Gabriel

Sob forte comoção, jovem Gabriel Cavalheiro é sepultado em São Gabriel

Cortejo teve pessoas que andavam a cavalo, uma das paixões do adolescente

Agostinho Piovesan

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O jovem Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, que estava desaparecido desde 12 agosto após ser abordado pela Brigada Militar (BM), foi sepultado na cidade de São Gabriel, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Após buscas, o corpo dele foi encontrado na última sexta-feira. 

O ato de sepultamento foi mais um momento de comoção da população de São Gabriel. Na manhã de hoje, à frente do cortejo um grupos de pessoas, à cavalo, seguiu da Capela São Gabriel até o cemitério. Gabriel, apaixonado por cavalos, foi homenageado com um chapéu preto de cavalaria, colocado sobre o ataúde. Salva de palmas e gritos pedindo por justiça foram registrados no local.

Gabriel residia em Guaíba, região Metropolitana de Porto Alegre. O jovem estava na cidade da Fronteira para cumprir serviço militar obrigatório. A Brigada Militar recebeu um pedido da mãe de Gabriel, Rosane Machado Marques. “Digam a verdade sobre o que aconteceu e que seja feita justiça”, destacou.

Resumo do caso

Morador de Guaíba, Gabriel Marques Cavalheiro estava em São Gabriel  para cumprir o serviço militar obrigatório. As informações apontam que o jovem foi abordado na avenida 7 de Setembro, no bairro Independência, pelos três policiais militares na viatura. Depois não foi mais visto, até ser encontrado em um açude nesta sexta-feira. 

Após a localização do corpo de Cavalheiro, os três PMs envolvidos na ocorrência foram detidos. Os PMs em questão, um sargento e dois soldados, tinham 16 anos, 15 anos e 6 anos de serviços da corporação, respectivamente, e foram classificados como policiais “experientes”.

Em coletiva de imprensa concedida no fim da sexta-feira, o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, o coronel da reserva Vanius Cesar Santarosa, o corregedor geral da Brigada Militar, Vladimir  Luis Silva da Rosa, e o comandante  geral  da instituição, coronel Claudio dos Santos Feoli, esclareceram os fatos e admitiram que houve erro de procedimento padrão por parte dos policiais militares. 


Correio do Povo
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