Sobe para 13 o número de mortos em função do ciclone no RS

Sobe para 13 o número de mortos em função do ciclone no RS

Defesa Civil localizou o corpo de um homem em Caraá; quatro pessoas seguem desaparecidas

Correio do Povo

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Com mais duas mortes confirmadas ontem pela Defesa Civil do RS, o número de vítimas fatais em função do ciclone que atingiu o Estado subiu para 13. Os corpos das duas vítimas fatais, um homem de 76 anos e uma adolescente de 14 anos, foram localizados em Caraá.

Conforme a Defesa Civil, eles foram arrastados pelas águas. Outras cinco pessoas que estavam desaparecidas foram localizadas com vida no município. Com isso, a Defesa Civil informa que cai para quatro o número de pessoas desaparecidas em Caraá. A Defesa Civil localizou os corpos das vítimas fatais em Caraá (3), Maquiné (3), São Leopoldo (2), Novo Hamburgo (1), Bom Princípio (1), Gravataí (1), Esteio (1), São Sebastião do Caí (1). São sete homens, com idades que variam entre 23 e 76, e cinco mulheres, com idades entre 55 e 92 anos de idade, além de um bebê de quatro meses.

Há ainda pelo menos pessoas 4.429 desabrigadas e 610 desalojadas no Estado. 


Dois dias após os estragos causados pelo ciclone extratropical, restavam pouco mais de 35,8 mil pontos sem luz no RS até o início da noite de domingo. A CEEE Grupo Equatorial contabiliza 29 mil clientes sem fornecimento de energia. As regiões mais afetadas são Metropolitana (23 mil consumidores) e Litoral Norte (5 mil). Os municípios mais impactados são Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Caraá e Santo Antônio da Patrulha. Conforme a CEEE, já foram normalizadas 393 mil unidades consumidoras na área de concessão da concessão da companhia de energia, ou 93% do total de clientes interrompidos devido ao fenômeno. Na área de cobertura da RGE, são mais de 6,8 mil clientes, concentrados principalmente na região Vale dos Sinos, Canoas e Gravataí. A distribuidora informa ainda, que algumas áreas seguem alagadas.

A Defesa Civil alerta para os cuidados ao retornar para sua residência. É necessário verificar as condições estruturais e de segurança, higienizar o local e todo material que teve contato com a água e comunicar às autoridades, se identificar riscos.

Nesse sábado (17), o governador Eduardo Leite afirmou que estuda juntamente com o governo federal algum programa emergencial de ajuda a famílias com perdas materiais após a passagem do ciclone no Rio Grande do Sul. O chefe do Executivo estadual determinou um levantamento para identificar em quais municípios estão as famílias em situação de vulnerabilidade de modo a efetuar a ajuda. 

Para a realização do programa "rápido", como definiu o governador, é analisada a possibilidade de ele ser intermediado pelo Bolsa Família ou pelo Cartão Cidadão. Leite ressaltou que o governo federal está mobilizado em ajudar o RS e em um primeiro momento o foco dos trabalhos é nas pessoas, mas questões estruturais após o ciclone estão também sendo verificadas e levantadas juntamente das equipes de trabalho. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895