Solo de Maceió continua afundando e Defesa Civil mantém alerta máximo

Solo de Maceió continua afundando e Defesa Civil mantém alerta máximo

Movimento de 5,7cm foi observado nas últimas 24h

Correio do Povo

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A Defesa Civil de Maceió informou nesta sexta-feira que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18, da Braskem, é de 2,06m e a velocidade vertical é de 0,23cm por hora, apresentando um movimento de 5,7cm nas últimas 24h.

O órgão permanece em alerta máximo devido ao risco de colapso. A região, que fica no bairro Mutange, à beira da lagoa Mundaú e próxima ao antigo Centro de Treinamento do Centro Sportivo Alagoano (CSA), clube de futebol local, vem sendo monitorada há anos e já havia sido desocupada por conta do risco de desabamento.

A situação era considerada "estável", até que em 30 de novembro deste ano, após novos tremores serem sentidos na região, a Defesa Civil decretou estado de emergência para um possível colapso. O caso acontece porque a extração de sal-gema, um cloreto de sódio utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), feita pela Braskem até 2019, comprometeu o solo. Outros bairros também sofrem do problema e tiveram casas abandonadas pelo risco anos atrás. 

A mina 18 é uma das 35 cavidades abertas pela Braskem em Maceió para a extração de sal-gema. Ela tinha 500 mil metros cúbicos, segundo a prefeitura. Em Brasília, nessa quinta-feira, o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, afirmou que a preservação da vida é a grande preocupação do governo federal neste primeiro momento. A declaração foi dada após a desocupação das últimas 40 residências de famílias que ainda moravam na área afetada, dentro bairro do Mutange. 

A Câmara de Vereadores de Maceió aprovou nessa quarta-feira por unanimidade a prorrogação da isenção do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) até 30 de dezembro de 2028 para os moradores afetados.


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