Surgimento de palometas é monitorado na Praia do Paquetá, em Canoas

Surgimento de palometas é monitorado na Praia do Paquetá, em Canoas

Secretário de Meio Ambiente, Paulo Ritter, explica que não há motivo para pânico

Fernanda Bassôa

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A Prefeitura de Canoas está acompanhando o surgimento de piranhas vermelhas, conhecidas como palometas, junto ao Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Pró-Sinos) e da Associação dos Pescadores da Praia do Paquetá, na área da Prainha, em Canoas. A Secretaria de Meio Ambiente foi informada de pescados de quatro espécies adultas em um universo de 15 toneladas de peixe pescados antes da Páscoa. De acordo com a pasta, estas espécies seriam invasoras, que após anos migraram em pequena parte para o Sinos. O secretário de Meio Ambiente, Paulo Ritter, explica que não há motivo para pânico.  “O Pró-Sinos, juntamente, com as universidades, Associação de Pescadores e Prefeitura, está estudando o fenômeno para traçar ações futuras. Lembramos que a orientação é que a Praia do Paquetá é proibida para banho, mesmo no verão.” 

O biólogo e assessor de gestão ambiental da Prefeitura de São Leopoldo, Joel Garcia Dias, diz que ainda não há registro de captura de palometas no trecho entre São Leopoldo, Sapucaia e Esteio. Entretanto, há vários grupos em constante monitoramento. “Essas espécies não são naturais daqui e podem causar um desequilíbrio ecológico. É uma espécie muito competitiva por causa do alimento, predando outros peixes comprometendo o equilíbrio ecológico, causando a diminuição da diversidade das espécies, da biodiversidade aquática. O que sabemos é que já foram vistas na Prainha, em Canoas. Inclusive, espécies adultas, que já passaram por período de reprodução e este controle, através de uma pesca específica ou captura direcionada, é muito difícil.”

Joel explica que além do risco ecológico, também há riscos de pequenos acidentes como, por exemplo, a palometa vir a mordiscar um banhista desavisado. “Isso não causa nenhum ferimento grave, mas pode ficar dolorido ou causar uma pequena infecção. É preciso tomar uma atitude e a hora é essa.” Segundo ele, a ocorrência de palometas é muito comum no rio Uruguai.  


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