Taquara tem mais de 100 moradores fora de casa por cheia do Sinos

Taquara tem mais de 100 moradores fora de casa por cheia do Sinos

Rio Caí apresenta elevação em Montenegro

Fernanda Bassôa

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Até a manhã desta quinta-feira (28), pelo menos 108 moradores de Taquara precisaram deixar suas casas em razão da cheia do Rio dos Sinos, no trecho do bairro Empresa. Do total, 58 pessoas, de 23 famílias, estão acolhidas no abrigo provisório montado pela Prefeitura no ginásio da Escola Willibaldo Bernardo Samrsla (Ciep). Outras 50 pessoas, de 17 famílias, estão desalojadas e foram para casa de amigos ou parentes.

Durante a madrugada, a Defesa Civil do município realizou a remoção de seis famílias. Há alagamentos nas ruas Lima, La Paz, Buenos Aires, Vicente Dutra, Miraguaí e Nonoai, todas no bairro Empresa, além do Balneário João Martins Nunes (Prainha).

“Agora pela manhã, o nível do Rio dos Sinos está subindo lentamente, podendo inundar em mais alguns locais. Esperamos que nas próximas horas a água pare de subir. Continuamos no monitoramento para auxiliar a comunidade em caso de qualquer ação emergencial”, explica o coordenador da Defesa Civil, Alessandro Santos. 

Com o tempo firme, na manhã desta quinta-feira (28), a Secretaria de Obras e Serviços trabalha na recuperação das estradas no interior do Município que foram afetadas com o excesso de chuva dos últimos dias. Estão sendo realizadas ações como patrolamento e ensaibramento das vias em todos os distritos na zona rural. 

Rio Caí apresenta elevação em Montenegro 

A régua da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) instalada no Passo do Manduca, na cidade de Montenegro, no Vale do Caí, mostra que o nível do rio está em 6,61 metros, com elevação de 1 centímetro por hora. A água já avançou em algumas ruas, como na rua Apolinário de Moraes, próximo ao Cais. Considerando a situação nas áreas mais altas da bacia hidrográfica e o represamento da água na chegada ao Guaíba, essa elevação deve continuar pelas próximas horas, confirmando a ocorrência de nova enchente em Montenegro.

A Defesa Civil está com suas equipes em alerta. O coordenador Clóvis Pereira pede que as pessoas não circulem pelas ruas alagadas, por dois motivos. Primeiro, porque a água pode alcançar o motor dos veículos e causar danos, inclusive, deixando os tripulantes “presos” na enchente.

Em segundo lugar, porque a movimentação produz ondas e a água acaba alcançando locais a que não chegaria em condições normais. Até agora, não há desabrigados.  


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