Temporal destelha casas e fere duas pessoas no RS

Temporal destelha casas e fere duas pessoas no RS

Mudança de tempo provocou estragos em municípios da Região Metropolitana, Vales do Sinos, Caí e Paranhana

Fernanda Bassôa

Além de casas danificadas com a força dos ventos, teve queda de árvores em vários municípios

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O temporal, que chegou acompanhado de rajadas de ventos fortes durante a madrugada desta quinta, atingiu a Regiões Metropolitana, e os Vales do Sinos, Caí e Paranhana. O evento climático causou uma série de destelhamentos e obrigou as equipes das Prefeitura a atuarem desde cedo na entrega de lonas e telhas para as famílias mais prejudicadas. Na cidade de Taquara, duas pessoas ficaram feridas diante dos estragos causados em seus imóveis.

Conforme informações da Defesa Civil do Município, no bairro Olaria houve queda parcial de uma construção com duas vítimas. Uma mulher 35 anos e uma criança 9 anos ficaram feridas e foram levadas ao Hospital Bom Jesus por familiares.

Também houve destelhamento parcial em duas residências na Rua Mascarenhas, outras três na rua Miraguai, todas no bairro Empresa. Na rua Rockfeller, também no Empresa, a vidraça de uma loja foi destruída pela força dos ventos. A Defesa Civil fez a entrega de lonas para nove residências danificadas.

Em Cachoeirinha, a Defesa Civil do Município atendeu a cinco chamados, todas por destelhamentos. “Em dos casos, tivemos que remover uma pessoa acamada para a casa de um parente devido aos estragos no telhado do imóvel. A chuva começou por volta das 4h45 acompanhada de ventos que oscilaram até 80 km/hora. O volume de chuva não foi tão intenso e não influenciou no volume de água dos arroios, que seguem todos dentro da calha”, disse o coordenador da Defesa Civil, Vanderlei Marcos.

As localidades mais afetadas foram as regiões centrais do Município e os bairros da zona norte. “Três bairros estão com falta de energia elétrica e os demais estão com a energia oscilando. Já foram entregues 40 metros de lonas para as famílias que tiveram as casas destelhadas. Seguimos em estado de alerta.”

Em Gravataí, a tempestade começou por volta das 5 horas, com ventos de 87 km/hora, e uma precipitação de 10mm. Segundo dados da Defesa Civil do Município o nível do Rio Gravataí está em 1,90, considerado estável. Até o momento, 15 foram casas destelhadas e algumas localidades ficaram sem energia elétrica durante a manhã. A Prefeitura informou que as famílias que tiveram os imóveis danificado estão sendo atingidas com lonas e posteriormente serão disponibilizadas telhas. Não há desabrigados e nem desalojados.

Canoas teve fortes rajadas de vento em torno de 89 Km/h hora, ocasionando no destelhamento de duas casas. Um na rua Lavras, no bairro Mathias Velho, e outro na Santa Terezinha, no Nossa Senhora das Graças, onde a moradia foi danificada pela queda de uma árvore de grande porte. Na rua Ramiro Barcelos, no bairro São José, uma árvore caiu sobre a rede elétrica. O bairro com maior precipitação de chuva foi o Mathias velho, que registrou um acumulado de 9 mm. Por conta de problemas na rede elétrica, durante a manhã, cerca de 7,2 mil clientes estavam sem energia.

Na cidade de Sapiranga, no Vale do Sinos, a Defesa Civil, atendeu seis ocorrências de casas destelhadas e duas árvores caídas. Os bairros mais atingidos foram Vila Irma e Amaral Ribeiro. Em São Leopoldo teve a queda de uma árvore no bairro Rio Branco e uma lona foi entregue pelas equipes da Defesa Civil no bairro Chácara dos Leões. Em Novo Hamburgo, a Defesa Civil registrou apenas queda de quatro árvores em diferentes pontos da cidade, sendo a de maior estrago uma que caiu na avenida Nações Unidas sobre um ponto de ônibus junto a uma praça, mas sem afetar o trânsito. Também não teve feridos.

Na cidade de Ivoti, houve a queda de uma árvore no bairro Jardim Panorâmico. Em Dois Irmãos, o acumulado foi de 12 mm de chuva, teve queda de árvores e dois postes de telefonia. Em Montenegro, no Vale do Caí, as precipitações somaram 29 milímetros e a rajada de vento mais forte foi de 68 km/hora. Três casas sofreram danos leves no telhado. Todas estão recebendo telhas. Em São Sebastião do Caí, a decoração de Páscoa na praça central da cidade foi destruída pelos ventos fortes, além de três destelhamentos parciais de moradias.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895