Torres não pretende participar da reconstrução da ponte pênsil planejada por Passo de Torres

Torres não pretende participar da reconstrução da ponte pênsil planejada por Passo de Torres

A estrutura cedeu parcialmente em 20 de fevereiro deste ano, durante o feriado de Carnaval, causando a morte de um jovem.

Kyane Sutelo

Ponte pênsil cedeu parcialmente, em fevereiro deste ano, causando a morte de um jovem.

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A ponte pênsil entre Torres, no litoral Norte do Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, deve ser reconstruída em breve, por iniciativa do estado vizinho. A prefeitura do município catarinense informou que pretende realizar a obra, estimada em R$ 750 mil, em parceria com o seu governo estadual. Do lado gaúcho do rio Mampituba, no entanto, não há mobilização em relação à ponte.

A estrutura cedeu parcialmente em 20 de fevereiro deste ano, durante o feriado de Carnaval. O incidente ocasionou a queda de dezenas de pessoas na água e a morte de Brian Grandi, de 20 anos, que chegou a ficar três dias desaparecido e foi localizado na orla da praia Azul, após buscas de diferentes forças policiais.

Conforme a Prefeitura de Torres, não haverá envolvimento na recuperação da estrutura, porque a ponte sempre foi de responsabilidade de Passo de Torres, nunca havendo participação do município gaúcho. A alegação é a mesma que foi feita pelos representantes de Torres na época do acidente, quando questionados sobre as condições da estrutura, enquanto a prefeitura da cidade catarinense afirmava que a manutenção era dividida entre os dois municípios que tinham acesso pela ponte pênsil. 

Conforme a Prefeitura de Passo de Torres, o governador catarinense, Jorginho Mello, confirmou a liberação dos recursos para a reconstrução da estrutura na última semana, durante um encontro do prefeito, Valmir Rodrigues, com o gestor estadual, na sede da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc).

Investigações policiais sobre a queda parcial da estrutura seguem nos dois municípios. No último mês, houve a entrega do laudo feito pelo Instituto-Geral de Perícias com análise sobre as causas do incidente. A previsão de conclusão do inquérito feito pela Polícia Civil de Santa Catarina é em maio, já a polícia gaúcha não informou quando pretende encerrar os trabalhos. 


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