Trânsito no horário de pico expõe transtornos no entorno do Mercado Público de Porto Alegre

Trânsito no horário de pico expõe transtornos no entorno do Mercado Público de Porto Alegre

Fluxos da avenida Borges de Medeiros e rua Siqueira Campos, além da parada para carga e descarga na Júlio de Castilhos, afunilam no trecho. EPTC não vê gargalo na região

Rodrigo Thiel

Em horários de pico, grande número de veículos e paradas para carga e descarga causam transtornos no trânsito próximo ao Mercado Público de Porto Alegre

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Quem caminha ou trafega nos arredores do Mercado Público de Porto Alegre no final das tardes constata uma situação de gargalo no trânsito do Centro Histórico. Isto porque uma grande quantidade de veículos que acessam o início da avenida Júlio de Castilhos através da rua Siqueira Campos e da avenida Borges de Medeiros, somados à parada de outros carros, ônibus e caminhões de pequeno porte, além do grande movimento de pessoas em direção aos paradões do transporte coletivo e para a estação terminal Mercado, do Trensurb, cria um desafio diário para todos.

Anderson Pinheiro é motorista do ônibus da linha 343 Campus Ipiranga da Carris e convive com este transtorno diariamente. Ele conta que o gargalo se cria a partir das 18h. “É um trânsito bem pesado entre veículos e pedestres. A tranqueira já começa na Siqueira Campos e afunila ainda mais no cruzamento com a Borges de Medeiros. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) tem que achar uma solução para esse problema. Nesse horário de pico, eu demoro uns sete minutos da parada até a rodoviária”, contou o motorista.

Já de dentro do Mercado Público, Eduardo de Paoli, funcionário da Agropecuária de Paoli, também tem uma visão aproximada do gargalo. Em frente às escadarias de acesso à estação do Trensurb, existe uma placa que proíbe o estacionamento de veículos, mas permite a parada para carga e descarga. Por conta disso, é comum ver motoristas de aplicativos parados no local aguardando a chegada dos passageiros e também deixando seus clientes no local.

A saída deles das vagas de carga e descarga, somada ao trânsito carregado, cria mais um fator que dificulta a trafegabilidade no trecho durante o período de pico. “O movimento de todo o Centro Histórico converge para cá. Às 17 horas começa o fluxo, que segue até as 19h, no horário de pico. Tem muito ônibus e motorista de aplicativo que acabam tumultuando. Já presenciei bastante acidente aqui nesta esquina. A maioria é porque os motoristas colidem ao tentarem se enfiar nestas vagas e para sair delas”, completou.

Procurada, a EPTC informa que foram registrados apenas três acidentes no cruzamento da Borges de Medeiros com a Siqueira Campos em 2023. Conforme a EPTC, todos ocorreram entre segunda e sexta-feira. Já no trecho da primeira quadra da Júlio de Castilhos, a empresa registrou 20 acidentes no mesmo período.

Entretanto, a EPTC não considera o local como um possível gargalo de engarrafamentos, mas que realiza constantemente o monitoramento na região. “Ainda assim, a equipe técnica está estudando formas de melhorar a fluidez de trânsito da região. A EPTC reforça ainda que a área citada é toda semaforizada e de baixa velocidade. Por isso, a EPTC reforça o pedido de atenção dos condutores no trânsito e o respeito e atenção às leis de trânsito”, acrescentou em nota.


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