Trabalhadores do Hospital de Guaíba, recém inaugurado, reclamam de salários atrasados

Trabalhadores do Hospital de Guaíba, recém inaugurado, reclamam de salários atrasados

Conforme a prefeitura, os valores em atraso começaram a ser pagos nesta terça-feira

Fernanda Bassôa

Local está oficialmente em funcionamento desde o dia 21 de julho

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Médicos, técnicos e colaboradores do Hospital de Guaíba, que ganhou o nome de Berço Farroupilha, inaugurado há 30 dias, já reclamam de salários atrasados. Oficialmente em funcionamento desde o dia 21 de julho e a partir de então atendendo a comunidade com 10 leitos de UTI e outros 30 leitos clínicos, todos exclusivamente para Covid-19, a equipe de profissionais não recebeu os dias trabalhados, programado para o quinto dia útil de agosto. O hospital, que atenderá casos de baixa e média complexidades e com atendimento 100% SUS, tem custo inicial estimado em R$ 1 milhão mensal. A despesa é dividida entre os governos federal, estadual e municipal.

O diretor de operações da Associação Mahatma Gandhi, Jean Paes, que gerencia os atendimentos na instituição de saúde, informou que firmou parceria com o governo do Estado para assumir os serviços no local. Entretanto, tem enfrentado uma série de dificuldades em razão da falta de medicamentos e insumos para atender os pacientes com a Covid-19. “O Estado se comprometeu a pagar os valores fixos antes do quinto dia útil, o que não aconteceu. Vamos retirar valores do nosso capital para honrar com os créditos que temos com os funcionários e os colaboradores, como uma alternativa para manter os serviços operando”. A prefeitura informou que o pagamento é referente a 10 dias de trabalho, do dia 21 ao dia 31 de julho e disse que esses pagamentos começaram a ser realizados no final desta terça-feira.

O Governo do Estado, informou através da Secretaria Estadual de Saúde, que quem tem de pagar os salários é a gestora do contrato. O Estado não contrata empregados, e sim serviços. Informou ainda que a gestora não apresentou balanço de serviços prestados e, sem isso, o Estado não tem como repassar a verba acordada. Ou seja, falta a prestação de contas dos serviços prestados para que os valores sejam repassados. Mesmo assim, esclareceu que o Estado está procurando sanar essa falha e antecipar algum valor, mas é importante lembrar que a SES não está atrasada, quem está devendo informações é a gestora.


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