Usina que vai gerar energia e adubo a partir do lixo orgânico é instalada em Vista Gaúcha

Usina que vai gerar energia e adubo a partir do lixo orgânico é instalada em Vista Gaúcha

Previsão é que projeto comece a operar no próximo ano

Agostinho Piovesan

Empresa responsável pela execução do projeto investirá inicialmente R$ 10 milhões na construção da usina

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Uma usina de geração de energia e produção de fertilizantes orgânicos está em fase de implantação no município de Vista Gaúcha, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A previsão é que comece a operar no início do próximo ano. No local, será recebido e processado o lixo orgânico produzido na região, além de dejetos de suínos.

O prefeito de Vista Gaúcha, Claudemir Locatelli, informou que a empresa responsável pela execução do projeto investirá inicialmente R$ 10 milhões na construção da usina, que terá como finalidade a produção de energia, fertilizantes orgânicos e geração de emprego e renda no município. “A administração municipal, em forma de contrapartida, liberou R$ 900 mil obtidos por meio de um financiamento, montante que a empresa retornará ao município com energia elétrica”, disse.

Locatelli informou, ainda, que o município também realizou obras de terraplanagem e outros serviços, constituindo-se numa ajuda total de R$ 1,5 milhão. “A usina em fase de implantação no Distrito de Bom Plano, além de gerar energia vai produzir adubo orgânico, garantindo o tratamento de resíduos e minimizar o passivo ambiental”, observa.

A usina receberá prioritariamente material orgânico do Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos (Cigres), com sede em Seberi, e do Consórcio Intermunicipal de Gestão Multifuncional (Citegem), com sede em Bom Progresso. O Cigres recebe material de 31 municípios e o Citegem, de 12 cidades.

A concretagem dos biodigestores, onde será colocado a matéria prima para a produção de energia e posteriormente a produção de fertilizantes orgânicos, já foi realizada. A estimativa é que as microrregiões Celeiro e Médio Uruguai produzam 400 toneladas de material orgânico que pode ser processado na usina. A direção da empresa informou que, inicialmente, deve processar 100 toneladas de material e, em 2023, aproximadamente 200 toneladas. A empresa pretende investir mais R$ 10 milhões em 2024.

Segundo Locatelli, na usina serão recebidos materiais orgânicos de pocilgas que fornecem suínos para frigoríficos das microrregiões do Médio Uruguai e Celeiro. Resíduos do resto do Estado e Oeste de Santa Cataria também poderão ser aproveitados. “Os criadores e empresas devem dar destino correto aos dejetos suínos, evitando a contaminação de rios, fontes, lençóis freáticos e o meio ambiente em geral”, observa.


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