Vítima de feminicídio é lembrada em expediente e familiares clamam por Justiça em Canoas

Amigos, familiares e autoridades se reuniram para honrar a memória da enfermeira Patrícia Rosa dos Santos, vítima de feminicídio, na sessão que aconteceu nesta semana na Câmara de Vereadores de Canoas. O grande expediente foi marcado por pedido de Justiça. De acordo com o vereador Cris Moraes, era uma profissional admirada, conhecida pela bondade e capacidade de iluminar a vida de quem a cercava. Patrícia deixou um legado de amor e luta.

Priscila dos Santos, irmã de Patrícia, emocionou ao compartilhar a dor da família e a determinação por justiça. “Minha irmã não pode ser apenas mais uma,” repetia com a voz embargada. A luta pela condenação do autor do crime é prioridade e reconheceu a importância dos investigadores que a apoiaram e seguem com as diligências. “Eu preciso de vocês, preciso que fiquem comigo,” pediu Priscila, buscando na união de amigos e familiares.

O vereador Cris Moraes, propositor da homenagem, trouxe palavras que misturavam respeito e indignação. Para ele, a perda de Patrícia não pode se tornar apenas mais um número nas estatísticas de violência. “Patrícia era mais que uma enfermeira. Era uma mulher extraordinária que dedicou sua vida ao cuidado do próximo, aos pacientes, aos animais, a tudo que fosse digno de proteção,” declarou, ao relembrar a compaixão com que ela conduzia a vida.

Cris falou sobre o horror do crime cometido por alguém que jurou proteger Patrícia. “Nós não podemos permitir que essa perda, essa vida, seja silenciada. Vamos ecoar e buscar essa justiça por Patrícia em cada autoridade que seja capaz de fazer com que a morte dela não tenha sido em vão.”

A secretária da Coordenadoria da Mulher, Vani Piovesan, também trouxe o peso de seu compromisso e de seu luto coletivo, ao lembrar que feminicídios como o de Patrícia não deveriam mais fazer parte da realidade de mulheres. Compartilhando dados sobre a violência contra a mulher, Vani reforçou a importância de sensibilizar a todos, principalmente os homens, para que a luta por um mundo sem violência seja uma responsabilidade de todos.

“É inadmissível que continuemos a ver casos como o de Patrícia. Precisamos fazer da nossa rede de apoio uma força implacável, porque cada mulher que morre representa o fracasso de nossa sociedade,” lamentou, pedindo que todos sigam atentos e sensíveis para prevenir novas tragédias.

A vereadora Maria Eunice falou com força sobre a importância de não permitir que o medo e o preconceito sufoquem o direito das mulheres à segurança e à dignidade. Em um discurso emocionado, reafirmou o compromisso do Conselho Consultivo da Mulher em oferecer material educativo e conscientização sobre os sinais de violência. “Nossa luta é diária. Que nenhuma mulher mais precise enfrentar o que Patrícia enfrentou.”