“Vamos recompor a alma dos gaúchos”, afirma o ministro dos Direitos Humanos em reunião com o TJRS

“Vamos recompor a alma dos gaúchos”, afirma o ministro dos Direitos Humanos em reunião com o TJRS

Encontro do ministro Silvio Almeida com a Justiça gaúcha tratou dos cuidados com vítimas da enchente no Rio Grande do Sul

Correio do Povo

Presidente do TJRS, o desembargador Alberto Delgado Neti, recebe o abraço do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em reunião sobre vítimas das enchentes no RS

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A comitiva de ministros do Governo Federal que está no Rio Grande do Sul para acompanhar os trabalhos de atendimento das vítimas da enchente teve mais um encontro na tarde desta quinta-feira. No Palácio da Justiça, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, debateu sobre os cuidados com os afetados pela tragédia climática, principalmente crianças e idosos, além do acesso à documentação dos desabrigados.

Almeida ressaltou que é essencial que o país esteja preparado para enfrentar este tipo de problema também em outros estados. Ele afirmou ainda que o governo ajudará no que for necessário para cuidar das pessoas que mais precisam diante da tragédia. “Estamos em uma primeira fase, que é para salvar vidas e garantir que essas pessoas sigam vivas. A segunda será muito difícil e temos que estar preparadas para ela, que vai se iniciar quando as águas baixarem. Os prejuízos são incalculáveis. Vamos entrar em um período de luto e lidar com feridas emocionais. Vamos recompor a alma dos gaúchos”, salientou o ministro.

Segundo o presidente do TJRS, o desembargador Alberto Delgado Neto, a visita do ministro demonstra a preocupação do governo federal em acolher as pessoas que estão sofrendo com a calamidade vivida no RS. “Estamos aproveitando para pensar no estabelecimento de protocolos e prevenções. O Ministério dos Direitos Humanos é o fundamental nisso, pois quando acontece uma tragédia desse tipo são as pessoas que passam a sofrer de imediato. E os direitos humanos precisam ter mecanismos rápidos de auxílio e de ações”, afirmou.

Cuidados com grupos vulneráveis

Entre os assuntos abordados no encontro está o cuidado com grupos vulneráveis vítimas da tragédia, principalmente com relação aos casos de abusos registrados em abrigos. O ministro afirmou que estes são pontos de preocupação da pasta, mas que as situações foram pontuais. “As instituições de Justiça estão fazendo um trabalho importante e nós queremos somar a este esforço. Todas as denúncias que foram feitas estão sendo apuradas e nós já estamos pensando em uma forma de proteger as mulheres e crianças deste tipo de situação. Em breve, nós vamos anunciar o que vai ser feito. Na reunião que tivemos aqui, nós passamos por todos esses pontos e eu posso lhe garantir que todos estão merecendo a nossa atenção”, completou o ministro.

Acesso à documentação da população afetada

Almeida também garantiu que haverá um esforço conjunto para que as pessoas que precisaram abandonar suas casas e ficaram sem documentos possam reaver suas identidades civis. A documentação será necessária também posteriormente, adurante a liberação de auxílios e benefícios sociais para os atingidos. “O documento civil é fundamental. Então está havendo um esforço conjunto, tanto do Tribunal de Justiça, por meio da corregedoria, para que isso aconteça, para que as pessoas que foram afetadas pelas enchentes possam acessar os serviços públicos e ter acesso às políticas de cidadania”, finalizou o ministro.


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