Vila João Pessoa recebe pulverização com inseticida contra a dengue em Porto Alegre

Vila João Pessoa recebe pulverização com inseticida contra a dengue em Porto Alegre

Capital ultrapassou hoje marca de 200 confirmações para a doença, segundo Secretaria Estadual de Saúde

Felipe Faleiro

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Uma nova rodada de pulverizações visando bloquear a proliferação do mosquito Aedes aegypti ocorreu nesta segunda-feira, na região do Campo da Tuca e Vila João Pessoa, na Zona Leste de Porto Alegre. Funcionários da empresa terceirizada contratada para o serviço pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da Prefeitura procederam com a aplicação de inseticida em residências e comércios de diversas ruas do entorno da avenida Veiga.

A ação, chamada de bloqueio químico, se justifica pelos números da dengue na Capital. Até a manhã de hoje, de acordo com o Painel de Casos, da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Porto Alegre teve 201 confirmações, o quarto maior número do Rio Grande do Sul, dos quais 187 foram autóctones, ou seja, contraídos dentro da cidade. A Zona Leste também é a área do município com maior número de infestações confirmadas.

Já o Índice Médio de Fêmeas de Aedes aegypti (IMFA) esteve no nível crítico no final de março na Capital, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com mais de 56% das armadilhas com a presença de mosquitos. A doméstica Sanaia Moraes, moradora do Campo da Tuca, foi uma das que teve a casa inspecionada e com o produto aplicado. Para ela, a ação é de extrema importância e ajuda a combater o mosquito.

“Procuramos não deixar vasos em pé e outros recipientes acumulando água. Temos crianças e uma senhora de 89 anos morando aqui, com Alzheimer, então temos de ter estes cuidados. Na época da pandemia, apenas uma pessoa aqui em casa pegou a Covid-19. Estamos fazendo nossa parte”, afirmou ela. Já o diretor da DVS, Fernando Ritter, conta como é o processo de infestação do Aedes aegypti e contaminação de mais pessoas. 

“Um mosquito saudável que pique uma pessoa infectada com o vírus será infectado e depois continuará o processo de transmissão para outras pessoas”, diz ele. Os bloqueios químicos, de maneira geral, são feitos em um perímetro com raio de 150 metros a partir de um ponto específico da cidade, a partir de onde houve uma confirmação de dengue. No Rio Grande do Sul, havia, até o dia de hoje, 3.081 confirmações para a doença neste ano, com um óbito registrado em Bento Gonçalves.


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