Volume de resíduos retirados na dragagem do Arroio Dilúvio ultrapassa 63 mil metros cúbicos

Volume de resíduos retirados na dragagem do Arroio Dilúvio ultrapassa 63 mil metros cúbicos

Nova etapa do serviço deve começar após o carnaval, conforme o Dmae

Kyane Sutelo

Resíduos ficam às margens do Arroio Dilúvio para o processo de secagem, conforme o Dmae

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Quem transita pela avenida Ipiranga, em Porto Alegre, percebe o trabalho de dragagem que está sendo realizado no Arroio Dilúvio. Desde o início do serviço, em março do ano passado, já foram retirados 63.471,77 metros cúbicos de resíduos das águas. O objetivo é deixar local limpo, retirando lodo, areia e o lixo que se acumula no Arroio. A dragagem é feita pelo consórcio Suldrag, que possui contrato com a prefeitura, por meio do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).

Parte dos resíduos, inclusive o lixo retirado, fica às margens do Dilúvio e vem chamando a atenção de quem passa no local. Segundo o Dmae, o acúmulo faz parte do processo de secagem, que dura de 15 a 20 dias. "A gente paga pela retirada do material sólido. Se acabamos levando muita água junto, acaba onerando mais o contrato", explica o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss. Conforme o Departamento, após o período de secagem, o consórcio responsável leva o que foi recolhido para o aterro de inertes do DMLU no bairro Lami, no extremo Sul da Capital.

O diretor do Dmae admite que os resíduos chegaram a ficar mais tempo do que o esperado na margem do Arroio, no final de janeiro. Segundo Loss, o motivo foi uma questão interna do consórcio, que era composto por três empresas e acabou ficando com apenas duas. Porém, o diretor garante que, desde o início de fevereiro, o serviço foi normalizado e segue o período previsto de secagem.

Avanço dos trabalhos

Uma nova etapa da dragagem está prevista para iniciar após o carnaval, no final da Ipiranga, abrangendo uma parte do trecho 3 da Orla do Guaíba, conforme o Dmae. Loss esclarece que os trabalhos não se estenderão para próximo do anfiteatro Pôr-do-Sol, em razão de cágados que vivem na região, tema que chegou a ser discutido por ambientalistas e prefeitura ainda em 2022. O diretor salienta que o local que será dragado a partir da próxima semana não possui ninhos dos animais. "Foi feito um levantamento, agora, por um engenheiro agrônomo nosso, porque isso muda bastante, hoje pode ter e amanhã não ter. Então fizemos uma vistoria recente e vimos que não tem ninhos ativos ".


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