Representantes do segmento logístico estão reunidos em Porto Alegre nesta quinta-feira para o 13º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha no RS (AHKRS) no Hotel Deville Prime. O evento discute oportunidades e desafios no setor. “Há cerca de 15 anos, identificamos que o Estado precisava se desenvolver na área de infraestrutura", contou o coordenador do fórum e um dos vice-presidentes da AHKRS, Renê Wlach.
“A ponte do Guaíba era a única travessia que havia para o porto de Rio Grande, e frequentemente ela tinha manutenções e interrupções na sua operação. Então, nós e outras entidades e associações começamos a discutir a necessidade de uma segunda travessia. A base política 'comprou' a ideia e chegamos à segunda ponte”, acrescentou.
Ele ainda salientou que os debates se concentram em estradas, ferrovias e hidrovias. “São modais que, se você tiver funcionando, consegue transportar mais mercadorias, reduz os preços, melhora o comércio e atinge as pessoas", disse. Entre os participantes, empresas logísticas debateram também o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul a partir da diversificação de modais e ações das companhias para resolver gargalos no segmento.
13º Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística da Câmara Brasil-Alemanha no RS
"Tudo o que estamos abordando é infraestrutura, e é um tema que, em sua base, remete a muito antigamente", salientou o coordenador ainda, ressaltando que a Alemanha tem expertise globalmente reconhecida na área portuária, também por contar com diversos portos importantes que movimentam cargas para todo o planeta. Questionado sobre o andamento da dragagem nos canais do Guaíba e Lagoa dos Patos após as enchentes de 2024, Wlach disse que representantes alemães estiveram reunidos com o governo do Rio Grande do Sul para "orientar como fazer a dragagem e recuperar a mata ciliar para evitar novo assoreamento dos rios".
"Eles estão avaliando. A empresa vem e oferece o serviço. Mas o governo precisa abrir uma licitação e comprar o serviço, digamos assim", comentou. Ele também disse que na inundação histórica anterior, de 1941, engenheiros alemães estiveram no Rio Grande do Sul para orientações similares para o sistema de eclusas para evitar novas cheias.
- Começa dragagem no canal da Feitoria e pregão para trabalhos em outros 11 ocorre na próxima semana
- Repórter do Correio do Povo é premiado em São Paulo por reportagem sobre dificuldades na navegação do RS após enchentes
- Falta de semicondutores pode parar montadoras em questão de semanas, alerta Anfavea