Governo aposta em alta do PIB de 3% a 4% neste ano

Governo aposta em alta do PIB de 3% a 4% neste ano

Mantega comentou crescimento de apenas 0,9% do PIB em 2012

AE

Mantega comentou crescimento de apenas 0,9% do PIB em 2012

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A expectativa do governo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 é de 3% a 4%, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, "são boas" as projeções de mercado para expansão dos investimentos (6% a 8%) e para o crescimento da indústria (3% a 4%).

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"À medida que o ano vai correndo, podemos confirmar taxas melhores (de crescimento) ou não. Posso adiantar que o primeiro trimestre de 2013 está sendo bom. O crescimento do último trimestre de 2012 está continuando no começo deste ano", afirmou Mantega em entrevista à imprensa nesta sexta-feira para comentar o PIB do ano passado, que cresceu 0,9% ante 2011.

Na visão do ministro, a política anticíclica do governo vai continuar enquanto houver necessidade de impulsionar a economia. "As medidas tomadas já são suficientes. Mas vamos continuar reduzindo tributos todos os anos, para reduzir carga tributária do País e tornar investimentos e consumo mais baratos."

Apesar da meta do superávit primário para 2013 ser nominal – de R$ 155,9 bilhões, Mantega garantiu que a meta de 3,1% do PIB será perseguida.

Comparativos

Para Mantega, é natural ocorrer, em momentos de crise, um desempenho mais fraco da atividade econômica. "O mais importante é que a crise foi externa, não interna. Desta vez, a crise foi produzida lá fora e tivemos resposta muito boa à crise, mas é inevitável que a economia desacelere", comentou.

Segundo Mantega, 2003, por exemplo, foi um ano de transição e o crescimento também foi fraco. Por isso, de acordo com ele, é preciso contabilizar anos em que o país teve crescimento mais forte, como em 2007 e 2008. "O Brasil passou a experimentar taxas de crescimento que não tinha há muito tempo, taxas acima de 4%." O ministro acredita que as condições agora "estão dadas" para um crescimento de 4%.

De acordo com ele, a confiança na indústria está aumentando no Brasil, depois de uma grande tensão em 2012. Mantega disse ainda que o Brasil foi afetado por mercados importadores que pararam de comprar do País, como os europeus. "O cenário agora é mais benigno para todo mundo e devemos ter aumento de investimento."

Mantega ressaltou também que as concessões em infraestrutura são uma grande oportunidade para investidores estrangeiros melhorarem sua rentabilidade. Isso porque, enfatizou, os investimentos no exterior, com exceção da China, estão rendendo muito pouco.

Investimentos vão crescer

Mantega destacou que o investimento e a indústria mostraram recuperação no fim do ano passado. "Do ponto de vista do investimento foi muito igual à trajetória de 2009." Segundo ele, nos dois anos houve resultado negativo do investimento do primeiro ao terceiro trimestres e, no quarto, recuperação. "Agora deve se acelerar ao longo de 2013", estimou.

O ministro disse que o que explica, em parte, esse mau desempenho da Formação Bruta de Capital Fixa (FBCF) em 2012 foi a baixa venda de caminhões. Ele afirmou que a área da construção civil cresceu mas, no caso de máquinas e equipamentos, houve desempenho negativo forte, porque a venda de caminhões foi reduzia no ano passado. "Isso ocorreu porque o custo da produção de caminhões subiu mais de 15%", pontuou, citando a obrigatoriedade de um programa para que os veículos passassem a emitir menor gases poluentes.

Mantega mencionou, porém, que as vendas de caminhões sinalizam aceleração no início deste ano. "Isso vai contribuir para que tenhamos FBCF mais elevada em 2013."

Para o ministro, embora 2012 tenha sido um ano de crise internacional, com países mostrando desaceleração da atividade ou crescimento fraco, para a maioria população brasileira foi um ano bom. "A crise internacional não bateu à porta da família brasileira."

Ele também aproveitou para citar números positivos da economia brasileira no ano passado, como o "excelente resultado" do emprego, de 1,3 milhão de novas vagas com carteira assinada, expansão da massa salarial de 6% ao ano, aumento real de renda de 4% e crescimento do financiamento para habitação de 35%. "Isso significa que a população brasileira está adquirindo mais casas."

Na opinião do ministro, para a população, 2012 foi um ano bom, de melhora das condições de via. "Conseguimos atravessar a crise de modo bastante satisfatório para a população."


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