O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) lançou nesta terça-feira uma campanha de valorização do imóvel novo ou em construção. Chamada de “Imóvel Zero. Essa é a chave”, a ação busca valorizar os diferenciais do imóvel novo e estimular a decisão de compra por parte do público final. Para a direção do Sinduscon-RS, este é um momento estratégico para o mercado imobiliário e Porto Alegre segue como um polo atrativo para o setor.
A campanha reforçará as vantagens da aquisição de um imóvel novo, como o potencial de retorno frente a outras aplicações financeiras, a construção com foco na tecnologia, na sustentabilidade e na eficiência, além da perspectiva de alta de preços nos próximos meses. A iniciativa contempla uma série de ações de comunicação nos canais da Sinduscon-RS com conteúdos aprofundados sobre os benefícios do imóvel novo.
Em visita ao Correio do Povo nesta terça-feira, os vice-presidentes do Sinduscon-RS, Rafael Garcia e Marcelo Guedes, apresentaram detalhes da campanha. “Vamos abordar os principais atributos que o imóvel zero proporciona, desde tendências de arquitetura, garantias, sustentabilidade e muito mais. Se conseguimos valorizar o carro zero, também podemos ter essa mesma percepção de valor no imóvel novo. Queremos mostrar que agora justamente é uma janela de oportunidades, pois a tendência é que em 2026 a economia volte a reduzir a taxa Selic e, com certeza, refletirá em aumento nos preços, que atualmente estão represados”, contou Garcia.
Guedes destacou que a relação entre oferta e demanda deverá refletir em uma curva de valorização dos imóveis novos para os próximos anos. Além disso, ele citou que o mercado imobiliário em Porto Alegre, atualmente, conta com preços abaixo do normal se comparado com outras capitais de tamanhos semelhantes, como Curitiba. O dirigente também pontuou que as novas construções estão recebendo cada vez mais novidades tecnológicas, acompanhando as novas formas de consumo.
“No passado, não se pensava em ter geradores nos empreendimentos. Hoje em dia, quando falta luz, toda a área privativa pode ser abastecida. Além disso, há toda uma preparação do prédio para carro elétrico, para sistemas de isolamento térmico. Os avanços permitiram construções muito mais eficientes. Com relação às demandas de mercado, muitos condomínios são verdadeiros clubes quando falamos em áreas de lazer. É possível ver muita evolução no imóvel novo”, completou.
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Mercado imobiliário em Porto Alegre
De acordo com a Sinduscon-RS, o mercado imobiliário de Porto Alegre apresentou um fôlego no 2º quadrimestre de 2025, apesar de o cenário econômico apontado como desafiador. O resultado do Panorama do Mercado Imobiliário da Capital no período aponta que, mesmo com inflação elevada, o setor segue concentrando a demanda e investimentos em imóveis compactos e de alto padrão.
O volume de lançamentos registrou um crescimento foi de 19%. O destaque foi para imóveis de três e quatro dormitórios, concentrados em bairros como Moinhos de Vento, Rio Branco e Boa Vista. Já nas vendas, Porto Alegre registrou 1.404 unidades comercializadas, movimentando R$ 1,8 bilhão em valor geral de vendas (VGV.)
O resultado mostra incremento em comparação a 2024 (14% em unidades e 38% em VGV), evidenciando resiliência da demanda. O segmento de studios e um dormitório respondeu por 40% das unidades vendidas, com maior concentração nos bairros Rio Branco, Sarandi e Petrópolis. Já os imóveis de três e quatro dormitórios sustentaram 68% do volume negociado em valores.
Para a entidade, a expectativa para 2026 dependerá do comportamento da economia nacional, como a redução dos juros e a melhora do consumo podendo impulsionar novas vendas. O Sinduscon-RS entende que esses sinais de recuperação, ainda que de forma gradual, fortalecem a campanha “Imóvel Zero. Essa é a Chave”, ao dialogar com o cenário atual em que os preços indicam retomada consistente.
Para os dirigentes do Sinduscon-RS, a realidade de oferta de imóveis e a realidade econômica refletem em poucas oportunidades para a classe média. Por isso, eles destacam os movimentos feitos pelos governos para atender essa demanda e para fomentar o setor. “Por conta da inflação e do poder aquisitivo, o mercado acaba se adaptando para as fatias onde a demanda se mantém. Esses movimentos, como as mudanças nas regras do Minha Casa Minha Vida, estimulam a compra de imóveis e coloca mais famílias em condições de concretizarem negócios”, concluiu Guedes.