Mochila, pastas e cadernos; confira os itens que mais subiram de preço na lista de material escolar

Mochila, pastas e cadernos; confira os itens que mais subiram de preço na lista de material escolar

Segundo Sindilojas e Procon-RS, mesmo com a proximidade do início do ano letivo, procura ainda é baixa em lojas de Porto Alegre

Claudia Chiquitelli e Bárbara Niedermeyer*

Lojistas da Capital apontam gasto médio por cliente em R$ 183,00

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O iminente início do ano letivo nas escolas estaduais, municipaisparticulares do Rio Grande do Sul exige, entre outras atividades, a compra do material escolar. O momento é de alegria para os estudantes, que participam da escolha junto dos pais ou responsáveis, mas de cautela e pesquisa na aquisição dos produtos, cujos preços variam no comércio. O Sindilojas de Porto Alegre apontou, em dados divulgados ontem, que, para 51% dos lojistas, a busca pelos itens ainda está baixa. “Mas há a expectativa de melhora nas vendas na semana que antecede o retorno às aulas”, afirma o presidente do Sindilojas, Arcione Piva.

A entidade afirma que estes resultados se refletem nas vendas, visto que, para 42% dos lojistas da Capital, as comercializações são semelhantes ao mesmo período de 2022. Para 25,5%, houve uma queda, e 11,7% afirmam estarem vendendo mais em 2023.

Sobre os preços, houve aumento de 19%, na relação com 2022, para os quase 64% dos empresários que relataram alta nos valores, sendo as maiores na mochila (40%), pasta plástica (30%) e caderno (23%). A professora Tatiana Luca de Lima pesquisava nesta semana (31/1) o item com maior variação em uma loja da Capital, buscando o menor preço – neste estabelecimento, o valor das mochilas oscilava de R$ 39,90 a R$ 1.500,00. “Os produtos estão bem caros”, diz a educadora, mãe de Laura, 13 anos, estudante do 8º ano, e de Leonardo, 7 anos, aluno do 2º ano, do Ensino Fundamental. Tatiana diz que irá reaproveitar materiais do ano anterior.

O relatório do Sindilojas registrou ainda que os materiais mais vendidos são: cadernos (63,8%), lápis (30,9%), mochilas (21,3%), borrachas (18,1%) e canetas (17%). Estojos e lápis de cor também aparecem na lista. O gasto médio por cliente é estimado em R$ 183,00. 

Já o Procon-RS relacionou, em janeiro, 33 itens, também com variação de preços. Os mais baratos da lista da cesta escolar, como lápis e canetas, tiveram grandes diferenças. A caneta apresenta uma diferença de 239%, e a caixa de lápis de cor, com 12 unidades, 176%. 

A alta de preços foi sentida pela terapeuta Liziane Bays, que fazia as compras com a filha Bruna, 11 anos. “Antigamente eu comprava muito mais itens por um valor bem menor”, avalia. Ela revela que o momento de aquisição dos produtos juntas é importante no desenvolvimento da capacidade de escolha e autonomia da filha. “Nessa faixa etária que ela está é crucial virmos juntas, para ela gostar também daquilo que escolher e for utilizar”, explica. Já Bruna considera que a ocasião fica ainda mais especial na companhia da mãe. “A opinião dela me ajuda muito.”

O consumidor ainda escolhe adquirir os produtos em lojas físicas, sendo 67% dos participantes do estudo. Já 33% utilizam tanto as compras físicas quanto as on-line. Nas duas modalidades, se nota que os pais procuram os personagens preferidos dos filhos, também como forma de incentivar os estudos. Neste ano, os mais procurados são o Homem-Aranha, Naruto, Sonic e Frozen.

O período também é de acolhimento dos alunos. Para o proprietário da Rede Clip, Célio Rossoni, a compra do material é um momento lúdico em família. “Essa sensação não deve ser perdida, em detrimento dos preços. Esse já é um período de ansiedade para o estudante, então não se deve focar só em valores”, reflete. Para o empresário, “o caderno e o livro são passaportes para o futuro da criança”.

Procon-RS dá dicas para fazer as compras

Com intuito de auxiliar os pais ou responsáveis no momento de comprar os produtos que serão utilizados no novo ano letivo, o Procon-RS elaborou dicas para auxiliar nas escolhas e decisões. Uma das orientações é para que, junto com os filhos, seja feita a revisão das condições do material do ano anterior antes de ir às compras, já que alguns produtos podem vir a ser reaproveitados. A ação pode ser um momento de desenvolver virtudes e ensinar sobre a importância do uso consciente.

A pesquisa de preço dos materiais escolares em lojas diferentes também é importante. Se não puder ir presencialmente, uma opção é o aplicativo Menor Preço Nota Gaúcha. Outra sugestão é comprar embalagens maiores de itens que são vendidos em quantidade, como folhas de papel, canetas e lápis, pode gerar um melhor custo-benefício. 

O órgão ainda lembra para verificar se a lista escolar não exige itens abusivos, pois segundo a Lei Federal 12.886/2013 é ilegal que os colégios solicitem material de uso coletivo ou para funcionamento da instituição. E toda e qualquer prática excessiva percebida durante as compras deve ser denunciada junto ao Procon-RS. Mais informações podem ser obtidas via WhatsApp: (51) 3287-6200.

*Sob supervisão de Claudia Chiquitelli




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