Sindicato dos professores pressiona governo em frente ao Piratini

Sindicato dos professores pressiona governo em frente ao Piratini

Votação de PL que define reajustes e reformulação de carreira iria ocorrer nesta sexta, mas foi adiada; ainda não há nova data definida

Correio do Povo

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O sindicato dos professores e funcionários de escolas da rede estadual (Cpers) se uniu a outras entidades do funcionalismo público em ato realizado na manhã e parte da tarde da última sexta-feira (19/7), na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Educadores manifestaram contrariedade ao Projeto de Lei (PL) que prevê reajustes salariais e reformulação na carreira dos funcionários públicos estaduais.

A data escolhida para o ato foi planejada para coincidir com a votação do PL na Assembleia Legislativa (AL). Prevista para iniciar às 16h, em regime de sessão plenária extraordinária, a votação foi adiada por consenso entre os líderes da casa, que consideraram exíguo o tempo para analisar o texto, protocolado na Assembleia cerca de 48 horas antes da votação. A base do governo quer agendar nova sessão plenária ainda durante o recesso parlamentar, que dura até 31/7.

Educadores

Integrantes do Cpers reivindicam, entre outras demandas, o fim do desconto previdenciário aplicado aos aposentados e aumento salarial para funcionários de escola e servidores da alimentação e manutenção, que têm salário base estadual de R$ 657. A professora aposentada Tania Schuab relata que, se considerados os triênios (bonificações por tempo na ativa), classe (adicionais por nível de formação do docente) e matrículas (tempo em sala de aula), o valor da aposentadoria que recebe deveria triplicar. Isso não acontece devido a congelamento de benefícios, redução do aumento por mudança de classe e extinção dos triênios. “Nos consideram a ralé”, declara a aposentada, que lecionou por 27 anos na zona rural de Ijuí.

Alex Saratt, 1º vice-presidente do Cpers, considera o adiamento da votação do PL uma vitória, resultado da pressão do sindicato e de outras entidades. Ele pede mais diálogo com o governo estadual. “Queremos um debate, uma boa discussão, mas eles se fecham entre si”, diz, acrescentando que os aumentos previstos pelo Projeto são “fictícios”, já que a proposta “deixa de fora parcela expressiva da categoria e usa os benefícios conquistados pelos educadores ao longo da carreira como subsídio para o aumento”.




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