Publicada exoneração do presidente do INSS após notícia sobre contrato suspeito

Publicada exoneração do presidente do INSS após notícia sobre contrato suspeito

Funcionário foi demitido após divulgação de suposto contrato irregular de R$ 8,8 milhões com empresa

AE

Publicada exoneração do presidente do INSS após notícia sobre contrato suspeito

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O Diário Oficial da União (DOU) formaliza nesta quinta-feira a exoneração de Francisco Paulo Soares Lopes da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social. Francisco Lopes foi demitido na quarta-feira pelo ministro da pasta, Alberto Beltrame, depois de reportagem do jornal O Globo divulgar que o INSS fechou um contrato supostamente irregular de R$ 8,8 milhões com uma empresa de informática sediada em uma pequena distribuidora de bebidas, em Brasília.

O contrato tinha a função de garantir o fornecimento de programas de computador para o órgão federal e foi assinado em abril, mesmo após parecer de técnicos do INSS indicar que os programas de computador oferecidos pela RSX Informática não tinham utilidade para o INSS. Segundo a reportagem, depois de liberar R$ 4 milhões, sem obter nenhum serviço em troca, o presidente do INSS admitiu ter autorizado o gasto sem verificar a procedência da empresa. Lopes era apadrinhado do líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE).

Recentemente, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação de Moura por suposto esquema de desvio de verbas na prefeitura de Pirambu (SE), no âmbito de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o PSC disse não ter indicado Lopes à presidência do INSS e afirmou que ele não faz parte do quadro de filiados ao partido.

A RSX Informática divulgou nota para negar envolvimento com irregularidades, dizer que se colocou à disposição dos órgãos de controle e informar que, nos últimos 12 anos, prestou serviços a vários órgãos públicos. Também em nota, o INSS afirmou que, quando Lopes assumiu o cargo, o processo de contratação da empresa "já estava adiantado" e que a RSX "já executou os serviços contratados para o Ministério de Integração Nacional, inclusive por quantitativo maior que o celebrado pela Previdência".

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