Reabertura de hospitais desativados de Porto Alegre é inviável, diz Secretaria de Saúde

Reabertura de hospitais desativados de Porto Alegre é inviável, diz Secretaria de Saúde

Altos investimentos e a aposta na atual rede hospitalar inviabilizam a recuperação dos antigos hospitais Ipiranga, Reumatologia S/A e Parque Belém, fechados há anos na Capital

Sidney de Jesus

Altos investimentos e a aposta na atual rede hospitalar inviabilizam a recuperação dos antigos hospitais Ipiranga, Reumatologia S/A e Parque Belém, fechados há anos na Capital

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Desativados há muitos anos por questões administrativas, os antigos hospitais Ipiranga, Reumatologia S/A e Parque Belém, em Porto Alegre, poderiam estar na linha de frente para salvar vidas de pacientes com a Covid-19, caso fossem reabertos. Essas alternativas e possibilidades, no entanto, são inviáveis, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS).  

De acordo com o secretário municipal da saúde, Mauro Sparta, para a reabertura dos hospitais seriam necessários investimentos altíssimos. “O que se pode adiantar é que são instituições fechadas há muito tempo por questões envolvendo a sua administração particular. A inviabilidade da reabertura dos hospitais passa também pelo longo tempo que levariam as obras de recuperação, em razão da estrutura física comprometida, a ausência de equipamentos, além da contratação de pessoal qualificado”, afirmou o secretário. 

O secretário Mauro Sparta acredita que a Capital tem uma das mais amplas e bem preparadas redes hospitalares do país, entre instituições públicas e privadas. “Foram feitos investimentos em instituições adaptadas para o momento atual, como a ampliação do atendimento no Hospital de Pronto Socorro (HPS), com uma ala específica para Covid-19, e a utilização, pelo Hospital Vila Nova, de uma Clínica Mental que estava fechada e que fornecerá mais 100 leitos clínicos”, revelou Sparta, lembrando que o Hospital de Campanha do Exército, localizado no complexo do Hospital Restinga e Extremo Sul, trouxe outro importante reforço no combate a pandemia.  

“O grande problema, na verdade, não é falta de espaço físico, e sim, de equipes qualificadas e equipamentos. Isso os hospitais da rede atual já tem, e tem havido um grande reforço neste aspecto a partir das parcerias da Prefeitura com estas instituições”, destacou o secretário municipal, que lembrou, ainda, que os hospitais desativados nos últimos tempos e que podem ser recuperados são vistos hoje pela SMS como uma reserva técnica, que pode ser acionada em caso de necessidade. “É o caso do Parque Belém. O hospital não está integrado ainda a rede da Covid-19 por questões estruturais e de contrato que não foram acertadas. Ele tem alguma atividade, mas não é vinculada a rede SUS”, explicou Sparta.        


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