Embaixador dos EUA na UE diz ao Congresso que seguia ordens de Trump sobre a Ucrânia

Embaixador dos EUA na UE diz ao Congresso que seguia ordens de Trump sobre a Ucrânia

Segundo diplomata, presidente condicionou reunião para investigação do rival democrata Joe Biden

AFP

Embaixador falou sobre Trump hoje em audiência no Congresso dos EUA

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O embaixador dos Estados Unidos na União Europeia (UE), Gordon Sondland, disse nesta quarta-feira em uma audiência no Congresso que seguiu as ordens do presidente Donald Trump sobre a Ucrânia e que o presidente condicionou uma reunião com seu colega de Kiev a uma investigação sobre seu rival democrata Joe Biden.

"Estávamos seguindo as ordens do presidente", declarou o diplomata em comunicado lido antes de um interrogatório no Congresso como parte da investigação em vista de um eventual processo de impeachment de Trump na Câmara de Representantes. 

Sondland afirmou que os diplomatas americanos tiveram que trabalhar com o advogado pessoal de Trump, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani. "Não queríamos trabalhar com Giuliani", disse o enviado dos Estados Unidos à União Europeia. Ele também indicou que Trump condicionou um encontro com o colega da Ucrânia a que este lançasse uma investigação contra o ex-vice-presidente Biden.

"Como testemunhei anteriormente, os pedidos de Giuliani constituíram um "quid pro quo" (uma coisa em troca de outra) para organizar uma visita do presidente Zelenski à Casa Branca", afirmou o diplomata, um executivo nomeado embaixador após ter financiado os festejos da posse de Trump.

Sondland confirmou que os Estados Unidos suspenderam a ajuda à segurança da Ucrânia, envolvida em um conflito com separatistas pró-Rússia no leste daquele país, mas disse não ter recebido uma resposta clara sobre o motivo. "Quando soubemos que a Casa Branca também havia suspendido a ajuda à segurança da Ucrânia, eu era categoricamente contrário a qualquer suspensão da mesma, uma vez que os ucranianos precisavam dessa verba para lutar contra as agressões", assinalou.

A caminho de se tornar o terceiro presidente americano a ser submetido a um processo de impeachment, Trump afirma que não fez nada de mal, que não houve nada irregular na conversa, e chamou a investigação de uma "caça às bruxas".


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