O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado (18) que a passagem de fronteira de Rafah, que liga Gaza ao Egito, permanecerá fechada. A reabertura está condicionada à entrega, por parte do Hamas, dos corpos de todos os reféns falecidos que ainda estão no território palestino.
"O primeiro-ministro Netanyahu ordenou que a passagem fronteiriça de Rafah permaneça fechada até novo aviso", afirma o comunicado oficial. A nota esclarece as condições para a retomada do fluxo: "A reabertura será considerada com base em como o Hamas cumprirá suas obrigações de devolver os reféns e os corpos dos falecidos, e de aplicar os termos acordados no cessar-fogo".
Incerteza sobre a ajuda Humanitária e controle de fronteira
A decisão de Israel contradiz a informação divulgada pela embaixada palestina no Cairo na manhã de sábado, que havia anunciado a reabertura da passagem de Rafah na segunda-feira para permitir o retorno de palestinos residentes no Egito para Gaza.
As autoridades israelenses já haviam indicado na quinta-feira que, em uma possível reabertura, o trânsito seria permitido apenas para pessoas, excluindo o transporte de ajuda humanitária.
O Exército israelense assumiu o controle do lado palestino da passagem de Rafah em 7 de maio do ano passado, alegando que as instalações estavam sendo "utilizadas com fins terroristas" e para o contrabando de armas. Após a tomada, todo o acesso, incluindo a entrada de funcionários da ONU, foi suspenso. A passagem foi reaberta brevemente durante o cessar-fogo anterior, que vigorou em 19 de janeiro de 2025.