Após dois dias de julgamento, o ex-policial militar Jeverson Olmiro Lopes Goulart, foi condenado a 46 anos de prisão por matar o próprio sobrinho em Porto Alegre. A sentença foi proferida na tarde de terça-feira pelo tribunal do júri, realizado 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre.
Goulart havia sido acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pela morte de Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, de 12 anos. Conforme a denúncia, o réu teria matado o menino e simulado um suicídio. O crime ocorreu em 2016, na zona Sul da Capital, mas o caso só foi reaberto em 2020, após reviravolta que contou com uma nova análise do MPRS.
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O ex-policial foi condenado por homicídio duplamente qualificado – para ocultar outro delito e recurso que dificultou a defesa da vítima – e estupro de vulnerável. O entendimento do júri foi de que o crime foi cometido para ocultar o abuso sexual praticado contra o menino, que foi encontrado morto com um disparo de arma de fogo na cabeça no apartamento da família.
O condenado, que era tio e padrinho do menino, é um tenente aposentado da Brigada Militar (BM) e respondeu ao processo em liberdade. Ele participou do júri de forma online e foi preso no Rio de Janeiro, onde residia atualmente. A execução da pena é em regime fechado e com cumprimento imediato. Ele negou ter cometido o crime.
Durante o julgamento, a acusação foi conduzida pelos promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari, que atuou no processo desde o início, e Eugênio Paes Amorim, designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.