O Tribunal do Júri de Porto Alegre condenou, nesta sexta-feira, 10, um ex-líder de torcida organizada a 13 anos e nove meses de prisão por tentativa de homicídio qualificado e formação de bando armado. O crime ocorreu em 2011, dentro do Estádio Beira-Rio, durante um evento de despedida de um ex-jogador do Internacional. O réu foi preso em plenário logo após a sentença.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o acusado e outros integrantes da torcida, armados com facas e estiletes, atacaram torcedores rivais motivados por disputas internas entre grupos organizados. O ataque, considerado premeditado, ocorreu de forma a dificultar a defesa das vítimas, que estavam desarmadas.
O MPRS sustentou que os crimes foram cometidos por motivo torpe, relacionados a conflitos por espaço e benefícios dentro do clube, e com recurso que impediu a reação das vítimas. Embora várias pessoas tenham sido atacadas, ao menos uma foi reconhecida como alvo de tentativa de homicídio e outra, de lesões corporais.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que atuou no caso, pediu e obteve a absolvição de outros dois réus. Após o veredito, ele reforçou que o Ministério Público seguirá atuando contra a violência nos estádios.
“Os integrantes das torcidas organizadas do Rio Grande do Sul que vivem de violência devem ficar com os olhos bem abertos, pois atuaremos para que nenhum crime fique impune”, afirmou Amorim.